Em 23 de Fevereiro de 2002, Ingrid Betancourt (1961), ativista política colombiana, foi sequestrada pelas FARC, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, grupo guerrilheiro terrorista associado ao narcotráfico. Nesse momento, ela que já fora senadora na Colômbia, combatia o tráfico de drogas e a corrução. E agora, encontrava-se em campanha para presidente do país. Após ser sequestrada, permaneceu no cativeiro durante 6 anos e meio, em plena selva, sem qualquer indicação sobre localização.
Ingrid Betancourt (1961) nasceu em Bogotá, Colômbia, no dia 25 de dezembro. Filha de Gabriel Betancourt, ex-senador e ex-embaixador colombiano, e Yolanda Pulecio. Passou a maior parte de sua juventude em Paris, onde seu pai era embaixador da Colômbia na UNESCO, (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). Ingrid tem nacionalidade francesa.
Em 1989, retornou à Colômbia, época em que o candidato a presidência Luis Carlos Galán, em campanha pelo combate às drogas, foi assassinado. Em 1990 assumiu o Ministério das Finanças da Colômbia. Em 1998 se candidata ao Senado, com a campanha voltada contra o tráfico de drogas, a corrução e as causas ambientais, foi a candidata mais votada nas eleições. Durante o mandato foi ameaçada de morte inúmeras vezes.
Em 1998, Ingrid Betancourt lançou sua autobiografia, intitulada "O Coração Enfurecido", publicada inicialmente na França, depois na Colômbia. No dia 2 de fevereiro de 2002 em plena campanha para presidente, Ingrid foi sequestrada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) grupo guerrilheiro terrorista associado ao narcotráfico.
Na selva colombiana, para onde são levados os reféns, o cativeiro é constantemente transferido de lugar, ficam acorrentados ou vigiados, se alimentam de farinha, feijoca (uma semente típica das terras altas da América Central e do Sul), água e açúcar. Todo guerrilheiro é vigiado por outro guerrilheiro e um desertor se capturado é sumariamente executado. Durante o cativeiro, Ingrid não acompanhou a adolescência dos filhos e perdeu o pai, que faleceu com problemas cardíacos e respiratórios.
No dia 2 de julho de 2008, foi anunciado o seu resgate, pelo então Ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, hoje presidente da Colômbia. Numa operação cinematográfica, do Exército Colombiano, depois da infiltração no comando do grupo terrorista. Quinze reféns eram levados de helicóptero, sob o pretexto de passar por uma inspeção humanitária. Durante o voo, o grupo foi informado que estava livre.
Separada do segundo marido, Ingrid vive hoje entre a casa da filha que mora em Nova York e do filho que mora em Paris. Em fevereiro de 2009, começou a escrever sobre o cativeiro na selva colombiana. Depois de um ano, publicou: "Não Há Silêncio Que Não Termine".
Ela foi resgatada durante uma operação militar do Exército seu país, que libertou também outros 14 reféns do grupo guerrilheiro Farc, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
Os ex-reféns foram levados para uma base militar e depois foram diretos para a capital Bogotá, onde Ingrid se encontrou com a sua mãe, Yolanda Polesio. Com transmissão ao vivo pela TV, a ex-senadora fez um discurso emocionado, em que agredeceu, em francês e em espanhol, a Deus, aos soldados da Colômbia e ao presidente Álvaro Uribe. Ela afirmou, também, que a operação de resgate, que começou a ser articulada em fevereiro de 2007, foi ‘perfeita’.