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Inventor da dinamite cria Prêmio Nobel atenuando as mortes do invento

Em 10 de Dezembro de 1996, falecia Alfred Nobel, um dos homens mais notáveis da história da humanidade.

Em 10 de Dezembro de 1996, falecia Alfred Nobel, um dos homens mais notáveis da história da humanidade. O industrial sueco que inventou a dinamite em 1863 e ficou riquíssimo com o explosivo que causou a morte de milhares de pessoas nas diversas guerras que o mundo presenciou de lá até aos tempos atuais, decidiu deixar parte substancial de sua fortuna para criação dos prêmios Nobel, uma ideia que se concretizou a partir do ano de 1901.

A intenção de Alfred Nobel, refletida pelos últimos anos de sua vida, era atenuar os males gerados por seu invento, e contribuir para que o mundo pudesse ter dias mais venturosos, reconhecendo, através do Prêmio Nobel, todas as personalidades, em diversos campos, que deram edão sua contribuição para fazer o mundo melhor. Alfred Nobel é lembrado como o patrono das artes, das ciências e da paz que, antes de morrer, no limiar do século XX, transformou a nitroglicerina em ouro.

O prestígio internacional destas recompensas deve muito às somas generosas com as quais estão dotados, atualmente nove milhões de coroas suecas (830.000 euros, 910.000 dólares), que são divididos entres os premiados, no caso de que sejam vários.

Alfred Nobel estipulou sua vontade em um testamento assinado em Paris em 1895, um ano antes de sua morte em San Remo (Itália).

Segundo o documento, deixava um capital de 31,5 milhões de coroas suecas, que equivaleria, levando em conta a inflação, a cerca de 2,2 bilhões de coroas suecas atuais (cerca de 203 milhões de euros, 222 milhões de dólares).

Os rendimentos deveriam ser distribuídos a cada ano entre as pessoas que, no decorrer do ano anterior, tivessem realizado "o maior benefício à humanidade".

O testamento estipulava a distribuição desse crédito em cinco partes iguais: "A primeira parte a quem tiver feito a descoberta ou a invenção mais importante no campo da Física; a segunda a quem tiver realizado a descoberta ou progresso mais importante em Química; a terceira a quem tiver conseguido a descoberta mais importante no âmbito da Fisiologia ou da Medicina; a quarta a quem tiver produzido a obra mais destacada de tendência idealista no campo da Literatura; a quinta a quem tiver trabalhado mais ou melhor em favor da fraternidade entre os povos, da abolição ou da redução dos exércitos permanentes e da realização ou difusão de congressos pela paz".

Alfred Nobel designou em seu testamento os diferentes comitês que atribuem os prêmios a cada ano: a Academia Sueca para o de Literatura, o Karolinska Institutet para o de Medicina, a Real Academia Sueca de Ciências para o de Física e o de Química, e um comitê de cinco membros especialmente eleitos pelo parlamento norueguês para o da Paz.

Em 1968, coincidindo com seu tricentenário, o Banco Central da Suécia (Riksbank), o mais antigo do mundo, criou um prêmio de Economia em memória de Alfred Nobel, pondo à disposição da Fundação Nobel uma soma anual equivalente ao montante dos outros prêmios.

Até 1974 era possível entregar o prêmio Nobel de maneira póstuma. Dois suecos o receberam assim: em 1931 o de Literatura para Erik Axel Karlfeldt, e em 1961 o da Paz para Dag Hammarskjöld.

Grandes benfeitores da humanidade, desde 1901, têm sido contemplados pelo Nobel nas suas diversas categorias: Nobel da Paz, Literatura, Física, Química, Ciência/Medicina, Ciências Econômicas/Economia. Dentre os premiados, podemos destacar Martin Luther King, Jean-Paul Sartre, Sir Alexander Fleming, Desmond Tutu, Nelson Mandela, Albert Einstein, Kofi Annan, Malala Yousfzai, José Saramago, Pablo Neruda, Gabriel García Márquez.

Albert Einstein recebeu o Prêmio Nobel de Física exatamente numa data igual a esta de hoje, em 10 de Dezembro de 1921.

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