Um jovem atirador, de apenas 24 anos, usando máscara e portando um fuzil AR-15, abriu fogo contra uma plateia que assistiu uma sessão do filme “The Dark Knight Rises”, na cidade de Aurora, no Colorado, Estados Unidos, matando doze pessoas e deixando mais de 70 feridas, algumas em estado grave. O cinema era localizado num Shopping Center.
Essa tragédia aconteceu na noite de 20 de Julho de 2012, hoje decorridos oito anos. Antes de fazer inúmeros disparos, o homem lançou uma bomba de gás contra a plateia. O filme tinha rodado cerca de 35 minutos de sua exibição, quando o atirador abriu uma das portas de emergência do cinema, próxima de onde havia estacionado o seu carro, e travou a saída. Em seguida, libertou uma bomba de gás e começou a atirar a esmo contra a plateia com um fuzil AR-15.
Alguns dos disparos atravessaram as paredes do cinema e feriram pessoas na sala adjacente, onde o mesmo filme estava sendo exibido. As vítimas contaram que inicialmente não se deram conta do ataque e pensaram que o barulho de tiros vinha do filme de ação a que estavam assistindo. O atirador foi preso ainda no estacionamento do shopping.
No seu carro foram encontradas armas e uma grande quantidade de munição. Ele estava com o cabelo tingido de vermelho e dizia ser o Coringa. Em seu apartamento, localizado a 6 km do shopping, havia um sofisticado aparato de explosivos preparado para detonar assim que alguém entrasse.
Dez pessoas morreram na hora e mais quatro foram internadas em estado grave e, após o internamento, duas morreram.
As pessoas feridas foram levadas ao Hospital Infantil do Colorado, ao Centro Médico Suíço e ao Hospital Universitário da cidade, bem como um centro de primeiros socorros foi criado no local do massacre. Feridos menos graves foram transportados até o Gateway High School, um colégio público da região. A vítima mais jovem reportada foi um bebê de três meses que está sendo tratado no Hospital Universitário.
O atirador, James Holmes, de 24 anos de idade, estava usando um colete a prova de balas e uma máscara de gás. Ao lado de seu carro no estacionamento do cinema, a polícia encontrou com um rifle, um revólver e explosivos. James não resistiu à prisão. Quando preso, o suspeito contou às autoridades sobre explosivos em sua residência, no norte da cidade. Investigadores evacuaram o local e confirmaram que bombas foram encontradas no local.
As autoridades policiais disseram que, ao ser detido, James estava visivelmente alterado, dizendo que "era o Coringa" (em referência ao principal vilão de The Dark Knight) e estava caracterizado como tal, tendo inclusive pintado seu cabelo a fim de lembrar o personagem.
James Holmes foi apresentado ao Tribunal do Condado de Arapahoe pela primeira vez em 23 de julho de 2012, tendo permanecido calado durante todo o tempo.
Em 30 de julho de 2012 foi acusado formalmente pelo Tribunal, de ter cometido 142 crimes.
No início de 2013, a viúva de uma das vítimas do tiroteio moveu um processo contra a psiquiatra que atendia James Holmes e também contra a Universidade do Colorado, onde ele estudava. A razão seria negligência de ambos em providenciar tratamento preventivo para Holmes. De acordo com o processo, um mês antes do massacre, a psiquiatra (Dra. Lynne Fenton) chegou a avisar a polícia do Campus sobre uma "fantasia" do seu paciente sobre "atirar em muitas pessoas". Ainda de acordo com o processo, a polícia propôs deter Holmes por 72 horas para que ficasse sob assistência psiquiátrica intensiva, porém a ideia foi rejeitada pela psiquiatra, mesmo sabendo do potencial risco que seu paciente oferecia à sociedade.
A Warner Bros., companhia produtora de The Dark Knight Rises, em um comunicado divulgado à imprensa, lamentou o ocorrido: "Transmitimos nossas sinceras condolências às famílias e entes queridos das vítimas neste momento trágico.". A pré-estreia do filme, que ocorreria em Paris na noite de 20 de julho, e que contaria com a presença dos principais atores do filme, foi cancelada.
Ocorrido em pleno contexto de campanha eleitoral, o presidente Barack Obama questionou a facilidade de acesso as armas pelos cidadãos. Inclusive o próprio presidente, na época, pediu aos órgãos de segurança pública que analisasse o caso para concluir se havia alguma relação entre o atentado e as armas. No entanto, a análise do caso concluiu que James Holmes escolheu uma rede do Cinemark para atacar, pois é uma rede onde não permite os clientes entrarem armados nas sessões. É válido ressaltar que havia um cinema próximo a casa de Holmes, com o dobro da capacidade de clientes em relação a sessão na rede Cinemark, que sofreu com o atentado. Todavia, este não era da rede Cinemark. Logo, permitia a entrada de cidadãos armados nas sessões de filmes . A conclusão da polícia para o caso foi que James Holmes escolheu justamente aquele cinema, pois teria certeza que conseguiria fazer o maior número de vítimas sem ser alvejado pelas mesmas que estavam na sessão, pois estavam todas desarmadas.