Há 20 anos, em 30 de março de 1999, um dos maiores produtores de cigarros do mundo, o grupo norte-americano Philip Morris, foi condenado por um tribunal da Califórnia a pagar US$ 81 milhões de indenização à família de um homem que morreu de câncer. Um mês antes, o mesmo fabricante fora condenado a pagar indenizações de US$ 50 milhões por um tribunal da cidade de Nova York.
A notícia casou grande impacto assim que um júri de Oregon, nos Estados Unidos, fez o anúncio sobre a condenação da fabricante de cigarros Philip Morris a pagar a indenização milionária à família de Jesse Williams, que morreu de câncer em 1997, depois de fumar Marlboro por 42 anos.
A empresa foi condenada por omitir os riscos que o fumo proporciona à saúde. Essa foi a maior indenização individual que uma empresa de tabaco foi obrigada a pagar e a segunda condenação da Philip Morris somente naquele ano de 1999.
No mês anterior a essa condenação nos EUA, um júri de São Francisco ordenou que Philip Morris pagasse US$ 51,1 milhões a um fumante de Marlboro, que sofre de câncer de pulmão. Além deste caso, um júri norte-americano condenou uma empresa fabricante de cigarros a pagar ações indenizatórias em somente três outras ocasiões - duas vezes na Flórida e uma em New Jersey.
Os três veredictos, contudo, seriam revertidos em instâncias judiciais superiores, confirmando-se, assim, o peso monumental que a indústria do tabaco, junto com os fabricantes de armas e medicamentos exercem sobre as instituições em todo o planeta terra.