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Por ódio ao feminismo, homem ataca faculdade e mata 14 mulheres

Ele escolheu uma sala de aula no segunda andar do prédio da faculdade, separou os alunos por gênero, e começou a disparar

O machismo estrutural existente na sociedade, e seu consequente ódio ao feminismo, promove histórica violência contra as mulheres, diariamente, em muitas partes do mundo. Mas uma dessas violências mais marcantes se deu no Canadá, em 6 de dezembro de 1989, quando um homem de nome Marc Lépine invadiu, fortemente armado, a Escola Politécnica de Montreal e iniciou um ataque mortal. 

A tragédia ficou conhecida como o “massacre de Montreal”. 

Ele escolheu uma sala de aula no segunda andar do prédio da faculdade, separou os alunos por gênero, e começou a disparar, atingindo inicialmente nove mulheres, das quais 6 morreram imediatamente. E continuou atirando contra as mulheres em outros locais. No total da sua ação ensandecida, matou 14 mulheres e deixou outras dez feridas, muitas com gravidade. Talvez por um erro de cálculo, Marc Lépine atingiu também 4 homens, deixando-os feridos. 

Imagem: Reprodução

A cada disparo que fazia, o criminoso gritava que estava "lutando contra o feminismo. Além de duas salas de aula que escolheu como palco de sua barbaridade, o sujeito saiu atirando pelos corredores e pelo refeitório do prédio. Tudo isso transcorreu durante cerca de 20 minutos. Depois ele se matou com um tiro na cabeça. 

No bolso de dentro do casaco de Lépine foram encontradas três correspondências, uma carta de suicídio e duas para amigos. 

Alguns detalhes da carta de suicídio chegaram à imprensa dias depois do ataque, mas o conteúdo completo não foi revelado na época. 

Um ano após o ataque, a carta de três páginas foi divulgada pela jornalista Francine Pelletier. 

No texto ele dizia que se considerava racional e que culpava as feministas por estragarem a vida dele. 

Destacou que tinha raiva delas, porque buscavam transformações sociais e "mantinham os benefícios de ser mulher (...) enquanto tentavam tirar vantagens dos homens". 

Desde 1991, 6 de Dezembro é o Dia Nacional de Memória e Combate à Violência contra a Mulher. 

Nesta data ocorrem ações contra a discriminação de gênero. 

ONG'S e centros de apoio à mulheres desenvolvem iniciativas de sensibilização de todas e todos no sentido de erradicar os infindáveis atentados contra os direitos humanos. 

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