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Queda de avião da Air France no oceano matou 228, sendo 59 brasileiros

Na tarde de 2 de junho o ministro da defesa do Brasil, Nelson Jobim, confirmou a queda do avião no Oceano Atlântico, na área onde foram avistados os destroços.

Na noite deste dia de maio completa 12 anos de um dos maiores acidentes aéreos da história mundial, quando Voo Air France 447, que partiu do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, com destino a Paris, sumiu dos radares de controle e desapareceu no fundo do mar, causando a morte de todos os seus 216 passageiros, três pilotos e nove tripulantes.  

A tragédia se deu no dia 31 de janeiro de 2009. O voo era operado por um Airbus  A330-203 e deveria chegar em Paris, no aeroporto Charles de Gaulle às 10h34min, mas sumiu sobre o Oceano Atlântico. Entre os 216 passageiros mortos, 59 eram brasileiros. 

Destroços do avião sendo encontrados (Foto: Força Aérea Brasileira/ Getty Imagens)

O último contato humano com a tripulação foram mensagens de rotina enviadas aos controladores de terra brasileiros 3 horas e 06 minutos após o início do voo quando o avião se aproximava do limite de vigilância dos radares brasileiros, cruzando o Oceano Atlântico en route, seguindo para a costa senegalesa, na África Ocidental, onde voltaria a ser coberto por radares. Quarenta minutos mais tarde, uma série de mensagens automáticas emitidas pelo ACARS (Aircraft Communications Addressing and Reporting System ou Sistema Dirigido de Comunicação e Informação da Aeronave) foram enviadas pelo avião, indicando problemas elétricos e de perda da pressurização da cabine da aeronave, sem que houvesse outras indicações de problemas. 

Por não se confirmar a esperada aparição da aeronave nos radares senegaleses e não ter sido possível o contato com o controle de tráfego aéreo de ambos os lados do Oceano Atlântico, teve início uma busca pelo avião. Posteriormente, o Ministro dos Transportes da França, Jean-Louis Borloo, admitiu que "a situação era alarmante" e que a aeronave poderia ser dada como desaparecida já que, pelo tempo decorrido, teria esgotado suas reservas de combustível. Em 2 de junho foram reportadas observações aéreas e marítimas de destroços no oceano, perto da última localização conhecida do aparelho. À medida que as buscas continuaram, a França enviou o navio de pesquisa Pourquoi Pas?  equipado com dois mini-submarinos capazes de realizar buscas a uma profundidade de 4 700 m. O Brasil enviou cinco navios para o local, dentre os quais um navio-tanque para prolongar as buscas na área. O porta-voz da marinha brasileira afirmou que a existência de destroços poderia ser um indício de haver sobreviventes. 

Destroços da aeronave (Foto: Alexandre Severo/ Reuteres)

Na tarde de 2 de junho o ministro da defesa do Brasil, Nelson Jobim, confirmou a queda do avião no Oceano Atlântico, na área onde foram avistados os destroços. Na noite do mesmo dia, o presidente brasileiro em exercício, José Alencar, tendo em vista a localização do acidente em alto-mar, decretou luto nacional por três dias, em memória às vítimas da tragédia. A 3 de junho o Estado Maior do Exército francês confirmou que os destroços encontrados pertenciam ao Airbus desaparecido. Em 3 de abril de 2011, a agência do governo francês para investigações de acidentes aeronáuticos (BEA) anunciou que, após novas buscas no oceano, localizou e que iria recolher diversos destroços. Também foi anunciado que corpos foram vistos entre os destroços A investigação inicial do acidente foi prejudicada tanto pela falta de testemunhas e rastreamento de radares, como pela falta das caixas pretas, localizadas dois anos após o acidente, em maio de 2011

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