A queda de um avião militar no leste da Argélia, deixou 103 pessoas mortas. O avião ia da cidade de Ouargla, no sul do país, para Constantino. A queda aconteceu, um pouco antes de a aeronave chegar ao destino, na região montanhosa da província de Oum El Bouaghi, 500 km a leste da capital Argel. Todos os ocupantes mortos eram militares em serviço. O acidente ocorreu em 11 de fevereiro de 2014, decorridos, hoje, oito anos.
Segundo um oficial da inteligência da Argélia, que falou em condição de anonimato, não houve sobreviventes.
Testemunhas que estavam na área informaram que o avião caiu, após se chocar com uma montanha. O Coronel Lahmadi Bouguern , porta-voz da região militar Leste, disse à agência de notícias estatal da Argélia que o acidente foi causado pelo mau tempo e que os ventos fortes têm castigado a região nos últimos dias. A região é de difícil acesso, dificultando os trabalhos de resgate dos corpos.
Em novembro de 2012, menos de dois anos antes, um avião militar argelino de carga caiu no sul da França , matando todas as seis pessoas a bordo . O avião transportava cinco militares e um oficial do Banco Nacional da Argélia, o Ministério da Defesa argelino disse na época . Ele havia decolado de Paris e estava retornando para a Argélia.
Quase como uma repetição da tragédia envolvendo aviões militares, em 11 de Abril de 2018, outra do Exército argelino caiu pouco depois de decolar da base aérea de Boufarik, cerca de 30 km ao sul de Argel, matando 257 pessoas, a maioria soldados. Aqui o número de mortos foi bastante superior ao acidente ocorrido em 2014.
Na soma dos dois acidentes, foram mortos 360 militares integrantes das forças oficiais da Argélia, um fato incomum, que levanta suspeitas sobre atentados.
Nesse acidente de Abril de 2018, as vítimas são os dez membros da tripulação e 247 passageiros, "a maioria membros do Exército Nacional Popular, bem como membros de suas famílias", indicou o ministério, sem mencionar sobreviventes.
O vice-ministro da Defesa, igualmente chefe do Estado Maior do Exército Nacional Popular (ANP, Forças Armadas da Argélia), o general Ahmed Gaïd Salah, foi ao local do acidente e ordenou o "estabelecimento imediato de uma comissão de inquérito para determinar as circunstâncias do acidente", segundo o ministério da Defesa.
Tindouf, a 1.800 km de Argel, perto das fronteiras de Marrocos e Sahara Ocidental, abriga muitos campos de refugiados sarauís, bem como a sede do governo da República Árabe Saaraui Democrática (RASD), proclamada em 1976 pelos separatistas da Frente Polisario. É uma região em permanente conflito.
Várias aeronaves do Exército argelino caíram nos últimos anos, matando dezenas de pessoas.