Em 22 de julho de 2011, um assassinato em massa deixou a população da Noruega aterrorizada e causou grande impacto em todo o mundo. Naquela manhã de uma sexta-feira, Anders Behring Breivik, um terrorista de extrema-direita, que argumentou querer atacar o multiculturalismo, detonou uma bomba perto da sede do governo em Oslo e, em seguida, abriu fogo em um encontro de jovens trabalhistas na ilha de Utoya, cerca de trinta quilômetros da capital norueguesa, matando 77 pessoas.
Sete pessoas morreram na explosão da bomba, no edifício, no centro de Oslo e 69 foram mortas no acampamento de jovens, na ilhade Utoya. Foi a maior tragédia ocorrida em toda a história da Noruega, um país multicultural, com democracia e liberdade consolidadas, um elevado padrão de vida de seu povo, níveis de educação bastante altos e uma economia sólida.
Logo após o primeiro atentado, o ultradireitista seguiu para a ilha e, vestido de policial, assassinou a tiros outras 69 pessoas que participavam de um encontro da juventude do partido trabalhador governista. Breivik, de 33 anos, considerou os crimes parte de uma cruzada contra o multiculturalismo, a imigração e os muçulmanos na Noruega.
Em 24 de agosto de 2012, o ultradireitista Anders Behring Breivik foi condenado pelo Tribunal de Oslo à pena máxima de 21 anos de prisão depois de ser considerado penalmente responsável pelos atentados cometidos na Noruega há um ano, nos quais 77 pessoas morreram. A pena pode ser prolongada, se Breivik continuar sendo visto um perigo para a sociedade. O atirador era réu confesso dos mais graves ataques no país desde a Segunda Guerra Mundial.
Essa história trágica foi revisitada em setembro de 2018, quando foi lançadoo filme “Utoya – 22 de Julho”, no Festival de Veneza. A produção do britânico Paul Greengrass joga lus sobre o massacre promovido pelo terrorista de extrema-direita Anders Breivik, tornando-se um poderoso drama filmado num plano sequência que mostra, sob o ponto de vista de uma jovem, os momentos de horror que ela e seus colegas tiveram naquela fatídica manhã de 22 de julho de 2011. No Festival de Veneza, o filme foi aplaudido de pé por um público entusiasmado. A vigorosa produção estreiou no Brasil em novembro passado.
Cumprindo 21 anos de pena, que pode ser prorrogado infinitamente, em 2013 Breivik deu entrada com um pedido para estudar Ciências Políticas na Universidade de Oslo. Após muita polêmica e intensa movimentação contrária, o pedido foi aceito. A Universidade de Oslo diz não ter qualquer arrependimento por aceito o pedido e por garantir um direito assegurado por lei ao detento.