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Tragédia natural nas Filipinas deixa 18 mortos e 252 feridos

Apesar do epicentro ter sido localizado em Zambales, a maior parte dos danos em infraestruturas ocorreu na província vizinha de Pampanga

O sismo de Luzón de 2019, de magnitude 6,1 atingiu a ilha de Luzón, nas Filipinas, em 22 de abril de 2019, deixando pelo menos 18 pessoas mortas e 252 feridas. Apesar do epicentro ter sido localizado em Zambales, a maior parte dos danos em infraestruturas ocorreu na província vizinha de Pampanga, que sofreu prejuízos severos. Tornou-se3, nesse momento, o sismo mais mortal do ano.

Mapa de agitação do Serviço Geológico dos Estados Unidos para o terremoto de Luzon de 2019, um valor máximo da escala de intensidade de Mercalli de 6,6 foi observado em Gutad, Floridablanca, Pampanga.

O Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia (PHIVOLCS) relatou inicialmente um terremoto de magnitude 5,7 atingindo às 17h11 PST com um epicentro de dois quilômetros N 28 ° E de Castillejos, Zambales. O relatório foi posteriormente revisado para um terremoto de magnitude 6,1 com epicentro 18 quilômetros N 58 ° E de Castillejos. A falha que deu origem ao terremoto ainda está para ser determinada, com os geólogos se concentrando em dois sistemas de falha próximos, a Falha Iba e a Falha Zambales do Leste, tentando determinar a origem do terremoto.

Tragédia natural nas Filipinas deixa 18 mortos e 252 feridos - Foto: Reprodução

Em 29 de abril de 2019, o Conselho Nacional de Gestão e Redução de Risco de Desastres confirmou 18 mortes, 3 pessoas desaparecidas e 256 feridos. Dos 18 mortos relatados, 5 foram relatados no Supermercado Chuzon em colapso no município de Porac, 7 foram relatados em outras partes da cidade, 2 em Lubao, 1 em Angeles e 1 em San Marcelino, Zambales.

UMA HISTÓRIA DE TRAGÉDIAS

As Filipinas já foram atingidas por um número enorme de furacões, terremotos, erupções vulcânicas e outros desastres naturais, sempre com consequências fatais. Isso se deve à localização do país, ao longo do chamado Anel de Fogo do Pacífico – uma vasta região oceânica com grande ocorrência de erupções vulcânicas e terremotos.

De acordo com o Joint Typhoon Warning Center (JWTC, Centro de Alerta Conjunto de Tufões dos Estados Unidos), anualmente em torno de 80 tufões se formam sobre as águas tropicais, 19 dos quais adentram a região das Filipinas e de seis a nove chegam à costa. As Filipinas são o país mais exposto a tempestades tropicais em todo o mundo.

Aqui está uma lista de terremotos, erupções vulcânicas, tufões, ciclones e outros desastres naturais que as Filipinas tiveram de enfrentar apenas na última década – além de provocar milhares de mortos, essas catástrofes arruinaram a infraestrutura e a economia do país.

Nas primeiras horas da manhã de 15 de outubro deste ano, a província insular de Bohol, localizada na região das Visayas Centrais, foi atingida pelo pior terremoto dos últimos 23 anos nas Filipinas. O tremor de 7,2 graus na Escala Richter durou 34 segundos e afetou toda a região das Visayas Centrais. De acordo com o Conselho Nacional de Redução e Gestão de Riscos de Desastres (NDRRMC, na sigla em inglês), 222 pessoas morreram, 976 ficaram feridas e mais de 73 mil casas foram danificadas ou destruídas. Uma estimativa afirmou que a energia liberada pelo terremoto correspondia a 32 bombas atômicas como a lançada sobre Hiroshima.

Terremoto de 7,2 graus na Escala Richter atingiu Filipinas em outubro de 2013, durou 34

Em 3 de dezembro de 2012, o supertufão Bopha atingiu a costa no sul do país – mais precisamente a ilha de Mindanau, que já havia sido destruída pela tempestade Washi no ano anterior. Com mais de 600 vítimas fatais, Bopha causou uma destruição generalizada na ilha.

Tragédia natural nas Filipinas deixa 18 mortos e 252 feridos - Foto: Reprodução

O supertufão atingiu uma latitude excepcionalmente baixa, chegando muito perto do Equador e foi o segundo supertufão da Categoria 5 a chegar mais ao sul. A Categoria 5 é o nível mais elevado quando se trata da força dos ventos e dos danos em potencial que pode provocar. Os prejuízos causados pelo Bopha foram estimados em 1 bilhão de dólares.

Após o desastre causado pelo deslizamento de terra em 5 de janeiro de 2012, o diretor do Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia, Renato Solidum, disse que a comunidade mineira de Pantukan, na ilha de Mindanau, tinha todas as condições para se tornar vulnerável a esse tipo de problema – encostas íngremes, terreno acidentado e pouca vegetação.

Vinte e cinco pessoas morreram quando o deslizamento de terra atingiu uma mina de ouro próxima à cidade. Após o deslizamento foi ordenada a suspensão durante 30 dias de todas as operações de mineração na cidade.

A tempestade tropical Washi atingiu o sul das Filipinas, provocando enchentes que desceram as montanhas, arrancando árvores e fazendo transbordar os rios.

Tudo isso aconteceu enquanto os residentes estavam dormindo. A tempestade deixou um saldo de 1.080 pessoas mortas e destruiu as cidades costeiras de Cagayande Oro e Iligan, transformando-as em verdadeiros lixões de carros virados, detritos e carcaças de animais.

Residências com famílias dormindo dentro delas foram arrastadas para o mar numa área das Filipinas mal equipada para lidar com tempestades. Passaram-se meses até que o abastecimento energético e de água potável fosse restaurado na região.

O tufão Fengshen, também chamado de tufão Frank, provocou caos nas Filipinas entre 20 de junho e 23 de junho de 2008, matando ao menos 557 pessoas. Ele afetou quase cem mil famílias por todas as Filipinas, provocando estragos em mais de 155 mil casas em dez regiões do país. Mais mortes ocorreram no naufrágio da balsa Princesa das Estrelas na costa das Filipinas, durante a tempestade.

O Conselho Nacional de Coordenação de Desastres (NDCC, na sigla em inglês) avaliou os prejuízos para a agricultura e pesca em 76,4 milhões de dólares, para a infraestrutura em 17,4 milhões de dólares, para as escolas em 4,9 milhões de dólares e para os barcos de pesca em 2,5 milhões de dólares.

Em 25 de novembro de 2006, um intenso ciclone tropical chamado Durian atingiu as Filipinas, explodindo casas, arrancando árvores e matando ao menos 720 pessoas. Devido às fortes chuvas, Legazpi City teve que enfrentar enchentes generalizadas, enquanto o deslizamento de lama do vulcão Mayon soterrou muitos vilarejos, provocando de 800 a 1.000 mortes.

Depois de atingir as Filipinas, Durian partiu para o Mar do Sul da China, atingindo o Vietnã pouco tempo depois. Ao todo, Durian causou a morte de quase 2 mil pessoas e centenas de desaparecidos. Os prejuízos nas Filipinas foram avaliados em 130 milhões de dólares.

Deslizamento de terra em Guinsaugon, fevereiro de 2006

A cidade de Guinsaugon, ao sul da ilha de Leyte, foi soterrada quando uma montanha inteira desabou em 17 de fevereiro de 2006 – 1.126 pessoas foram mortas no desastre. Uma escola e 500 casas foram rapidamente devastadas quando um rio de lama deslizou pela montanha. A catástrofe aconteceu após chuvas torrenciais de até 2.000 milímetros caírem na região em dez dias. Os moradores culparam o desmatamento, causado pela extração ilegal de madeira, de ter contribuído para a catástrofe.

Ainda que Winnie seja considerada um ciclone tropical fraco, sendo chamada frequentemente de "depressão tropical", a tempestade matou 842 pessoas nas Filipinas, provocando o desaparecimento de outras 751. Os prejuízos causados pela tempestade, que atingiu as Filipinas no final de novembro de 2004, foram estimados em 15,8 milhões de dólares. Pouco tempo depois que Winnie devastou o país, as Filipinas foram atingidas por um ciclone tropical ainda mais forte chamado Nanmadol, que matou 70 pessoas.

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