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Tragédias acontecidas em 11 de julho deixam 599 pessoas mortas

Esta data de 11 de julho é trágica para acidentes que envolvem transporte. Na soma das tragédias ocorridas nesta data, nada menos do que 599 pessoas perderam a vida

Esta data de 11 de julho é trágica para acidentes que envolvem transporte. Na soma das tragédias ocorridas nesta data, nada menos do que 599 pessoas perderam a vida. Isso, nos dois desastres aéreos registrados em 11 de julho de 1973, quando um avião em chamas fez um pouso forçado em um campo nos arredores de Paris, e em 11 de julho de 1991, com a queda do voo 2110, da Nigerian Airways, desgraças que se completam com um acontecimento bastante improvável de se tornar real: O acidente na Espanha, que aconteceu em 11 de julho de 1978. Um caminhão carregado com 45 m3 de propileno liquefeito tombou e explodiu sobre famílias inteiras que aproveitavam um dia de sol num camping de beira de praia da Espanha quando um caminhão-tanque bateu contra o muro do local.

Somente nesse estranho acidente rodoviário, em Barcelona, 215 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas. E tudo aconteceu dessa forma: Quando o caminhão tombou, pais, mães e filhos correram para conferir se o motorista estava bem. Enquanto observavam o estado de saúde do motorista, o gás contido na carga do veículo começou vazar, formando uma bolha sobre o camping. A explosão que se seguiu logo depois incinerou o local. Essa foi a maior tragédia envolvendo um caminhão em toda a história da Espanha.

Em 1973, um avião em chamas fez um pouso forçado em um campo nos arredores de Paris. Acidente com o avião da companhia brasileira Varig, em Orly, deixou 123 mortos.

Tragédias acontecidas em 11 de julho deixam 599 pessoas mortas - Foto: Reprodução

Entre os 11 sobreviventes, apenas um era passageiro. E por que sobreviveu? Porque o passageiro, um brasileiro com 21 anos à época, desobedeceu todas as instruções de segurança que havia recebido. Seu nome é Ricardo Trajano.

Hoje, aquele jovem transgressor - cujo estado ao ser retirado do avião em chamas era tão grave que os médicos não lhe davam mais do que uma semana de vida - é pai de duas filhas e descobriu uma nova paixão: auxiliar outros sobreviventes de acidentes a superarem seus traumas.

O avião já tinha iniciado a descida e todos os passageiros estavam sentados, com os cintos afivelados. Nesse momento, Ricardo decidiu sair do seu assento.

"Eu simplesmente desconectei o cinto e fui caminhando para a frente do avião. Eu já tinha visitado a cabine duas vezes, naquela época você podia fazer isso. Então, fui para a frente do avião. Todos os outros passageiros ficaram nos seus lugares. Eles devem ter pensado que eu estava indo ao outro banheiro lá na frente."

"Quando cheguei lá, um comissário estava dizendo aos passageiros que ficassem tranquilos, que eles estavam resolvendo um problema lá atrás, e que todo mundo devia ficar onde estava, com os cintos afivelados. Quando ele me viu, me deu uma bronca. 'Rapaz, o que você está fazendo aqui? Vai sentar no seu lugar, você não pode ficar aqui, em pé!'"

"E aí, por impulso, não sei o que foi, instinto, eu desobedeci o cara. Eu podia ter voltado. E se eu não tivesse feito essa transgressão, eu provavelmente não estaria aqui hoje."

Tragédias acontecidas em 11 de julho deixam 599 pessoas mortas - Foto: Reprodução

Em 11 de Julho de 1991, a peregrinação a Meca terminou em desastre a bordo do voo 2120 da Nigeria Airways. Quando o avião decolou de Jeddah, Arábia Saudita, com destino a Sokoto, na Nigéria, um incêndio irrompeu a bordo e 261 passageiros e tripulantes perderam a vida no que se tornaria um dos desastres aéreos mais dramáticos de todos os tempos.

O voo 2120, realizado pelo McDonnell-Douglas DC-8-61, prefixo C-GMXQ, da companhia aérea canadense NationAir (foto acima) foi, na verdade, operado pela Nigeria Airways, como parte de seu serviço de fretamento no exterior.

O avião canadense e a tripulação canadense realizavam os chamados voos Hajj que transportavam peregrinos de todo o mundo muçulmano de e para Jeddah, na Arábia Saudita, o aeroporto mais próximo de Meca, onde fica o local mais sagrado do Islã.

O avião taxiou por 5 quilômetros no intenso calor do verão árabe, queimando os pneus enquanto eles rolavam no asfalto quente. O calor causou derretimento parcial de alguns elementos dos pneus, enfraquecendo-os consideravelmente na hora em que o avião iniciou sua rolagem de decolagem.

À medida que o avião avançava pela pista, os pneus com pressão insuficiente não estavam fazendo sua parte para sustentar o peso do avião. Essa tensão foi transferida para os pneus próximos a eles no mesmo conjunto de engrenagens. Os pneus parcialmente derretidos, mas totalmente cheios, não aguentaram esse estresse extra e, quando o avião decolou, os dois pneus explodiram, um após o outro. E aí se deu a tragédia.

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