A humanidade relembra hoje uma das maiores catástrofes naturais da história, o tsunami que surgiu no oceano Índico e varreu grande parte do continente asiático, fazendo uma destruição assustadora e deixando um saldo macabro de mais de 230 mil pessoas mortas.
O desastre natural começou na noite de 26 de dezembro de 2004 e teve seus brutais efeitos visíveis durante o dia 27 de dezembro, há exatos 15 anos, fixando na memória dos habitantes dos 12 países atingidos como algo tristemente inesquecível. Comunidades inteiras foram devastadas, simplesmente desaparecendo da face da terra, como bem ficou claro nos relatos que foram sendo feitos nos dias seguintes.
Na solenidade oficial nas valas comuns de sepultados, realizada um ano após a tragédia, em 27 de dezembro de 2005, compareceram milhares de pessoas dos países atingidos, da Indonésia ao Sri Lanka, da Tailândia ao leste da África, todos ainda fortemente abalados com o acontecimento.
"Foi sob esse mesmo céu azul, exatamente há um ano atrás, que a mãe natureza desatou seu poder mais destrutivo sobre nós", disse o presidente indonésio da época, Susilo Bambang Yudhoyono, em cerimônia na Província de Aceh, a mais próxima do epicentro do terremoto de nove pontos que detonou as ondas gigantes em 26 e 27 de dezembro de 2004.
Na Tailândia, o premiê Thaksin Shinawatra inaugurou um memorial para as vítimas. "O museu será um símbolo para nos lembrar dos desastres naturais e da união dos seres humanos quando estão em perigo", diz a placa dedicatória do premiê. "Tão rápido e tão extenso que ainda estamos lutando para compreendê-lo totalmente", disse o então secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Segundo a ONU, a comunidade internacional ofereceu US$ 13 bilhões para a reconstrução das áreas afetadas, dos quais 85% foram efetivamente entregues.