Há exatos cinquenta anos, em 15 de agosto de 1969, tinha início, numa fazenda localizada no estado de Nova York, o Festival de Woodstock, um enorme movimento de contracultura que reuniu mais de 500 mil jovens, durante três dias, para uma pregação de liberdade, rebeldia, protestos, e um canto ao sexo livre, às drogas e ao rock´n´roll.
O dono da fazenda, Max Yasgur, em Bethel, Nova York, havia planejado que o Festival acolheria 50 mil pessoas, sem imaginar que a ideia de Woodstock levaria 500 mil jovens a se aglomerarem no local, superando qualquer expectativa de público. Os três dias foram repletos de apresentação de bandas de rock e grupos que expressavam diversos outros estilos musicais que se relacionam com as propostas do movimento “Hippie”: o folk, com seu pacifismo e sua contudente crítica social; o blues, com sua melancolia, que há décadas já mostrava as contradições da soeidade norte-americana. Com o domínio, evidentemente, do rock.
Os relatos feitos sobre os três dias de Woodstock são bastante interessantes, reveladores do mergulho a que os jovens daquela época estavam dispostos a fazer em busca das libertação. Conta-se, por exemplo, que a banda Grateful Dead tocou durante a chuva. Alguns membros da banda tomaram choques durante a sua apresentação e Phil Lesh (o baixista) ouviu o rádio de transmissão de um helicóptero através do amplificador de seu baixo enquanto tocava.
Woodstock, de fato, foi um marco revolucionário na cultura dos jovens dos anos 1960, com notável influência na música, nas artes, no cinema, e praticamente em todas as manifestações culturais e artísticas a partir dele.