Em meio ao avanço da variante ômicron do coronavírus e do vírus H3N2 da influenza, a Azul registrou uma alta de 405% nas dispensas médicas na primeira semana de janeiro de 2022 em relação à média histórica, segundo o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas).
Com a ausência de tripulantes, "centenas de voos" serão cancelados até o final do mês, afirmou Ondino Dutra, presidente do sindicato que representa pilotos e comissários de voo.
A Azul não informou, em números absolutos, quanto representa o aumento de 405% nas dispensas médicas. Para evitar o cancelamento e alteração de voos, a aérea propôs aos tripulantes a troca de uma folga por uma compensação financeira.
Os funcionários têm dez folgas mensais previstas em lei, mas a Azul negocia a redução para nove folgas em janeiro, fevereiro e março. A adesão é voluntária. Os valores de bonificação variam de R$ 489 a R$ 2.201, a depender do cargo.
Em nota, a companhia aérea informou que 10% dos voos programados em janeiro foram afetados após um "alto número de dispensas médicas" entre tripulantes e funcionários de áreas administrativas.
A Azul acrescentou que seus tripulantes apresentam, em sua totalidade, quadro com sintomas leves das doenças. A situação "tem acompanhado o crescimento do número de casos de gripe e covid-19 no Brasil e no mundo", diz a aérea. Passageiros afetados deverão ser notificados e receber assistência.