Diretora de Afiliadas da Globo discute qual o papel de um C-Level

Na entrevista, ela revelou quais são as habilidades e conhecimentos demandados do executivo do futuro e falou sobre os desafios que as empresas de comunicação precisam enfrentar.

A diretora de Afiliadas na Globo, Patrícia Rêgo, foi entrevistada para a série “Na sala com C-Level”, durante a #HSM+, o maior evento de gestão e inovação da América Latina.  Com vasta experiência em tecnologia e informação, Patrícia tem trabalhado na condução de estratégias de negócios, planejamento, finanças e dados, aperfeiçoando modelos e soluções entre Globo e empresas parceiras afiliadas há pelo menos 25 anos. Assista a entrevista completa abaixo. 

Na entrevista, ela revelou quais são as habilidades e conhecimentos demandados do executivo do futuro e falou sobre os desafios que as empresas de comunicação precisam enfrentar.

 Diretora de Afiliadas da Globo discute qual o papel de um C-level (Foto: Reprodução)“O mercado de mídia e entretenimento é o mercado mais desjuntado de todos. Se a observarmos há dez anos, os maiores concorrentes da Globo eram empresas de televisão aberta. Hoje, quando observamos toda essa revolução, os nossos maiores concorrentes são as plataformas de publicidade, pelo lado da publicidade, e as plataformas de streaming, gratuito ou pago, pelo lado do conteúdo”, comenta.

Patrícia Rêgo afirma que analisa a concorrência com bons olhos, pois ela é capaz de impulsionar uma empresa a aperfeiçoar competências e acompanhar a transformação da sociedade como um todo. “Os líderes têm que estar cada vez mais à frente dessas mudanças da sociedade, entendendo quais são as grandes transformações para que ele, juntamente com os times e colaboradores, possam se capacitar a essas novas habilidades necessárias para a transformação digital que a gente vem passando”, diz.

Assista a entrevista:

A abordagem da temática do mercado de mídia e entretenimento evidencia, na maioria das vezes, um panorama ainda incerto e volátil. As lideranças dessas empresas em especial, segundo Patrícia, precisam estar antenadas às transformações no mundo, sempre transparentes e atentas às pautas que estão em curso na sociedade brasileira, como a diversidade.

“Em primeiro lugar, líderes e lideranças têm que se antecipar aos movimentos da sociedade e engajar seus respectivos times, sempre com o Walk the Talk. Elas precisam ser cada vez mais transparentes e engajar seus times aos propósitos da empresa, entendimento das metodologias ágeis e como elas funcionam, no entendimento do digital e da diversidade”, conta.

A pauta da diversidade é citada pela diretora de Afiliadas da Globo como um importante ponto para todas as áreas do mercado empresarial. Saber traduzir essa conjuntura para áreas de transformações nos quadrantes do ESG é um desafio que não pode ser deixado de lado pelos profissionais que ocupam cargo de C-Level. Ela salienta que o ESG é um conjunto de padrões e boas práticas aptas a definir se uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada.

“É preciso estar verdadeiramente conectado aos princípios do ESG porque ele veio para ficar e é uma pauta constante. Quem não tiver se adaptado aos seus princípios não terá, em qualquer empresa, sustentabilidade no futuro. As lideranças, o C-level, eles têm que estar conectados à transformação cultural porque quem faz a transformação, na verdade, são as pessoas. A gente tem a tecnologia ao nosso favor e todo um arcabouço de metodologias, mas o principal é a transformação de pessoas”, explica.

Patricia Rego frisa que os profissionais C-Level, independentemente de quais sejam as suas atribuições, são gestores que precisam colocar em prática os serviços levantados durante as observações às transformações no mundo. “O C-Level está conectado à transformação plural, o que está acontecendo lá fora e que está acontecendo dentro das empresas e organizações. As pessoas são os motores da transformação das empresas e uma escuta ativa a todas elas é uma forma de aprender”, fala.

Ela analisa ainda que um C-Level capaz tem em si o autoconhecimento, conduzido, em seguida, pelo aprimoramento da capacidade de conhecer outras pessoas e influenciar positivamente em suas áreas de atuação. “As habilidades de soft skills, que estão realmente em pauta, são, para mim, muito importantes também. Essas habilidades incluem mediação de conflitos, comunicação não violenta, ou seja, a liderança de pessoas cada vez mais em alta no mundo corporativo”, conta.

Como as ações do ESG são constantemente aprimoradas pelas empresas, os efeitos gerados na cultura da diversidade e inclusão são cumulativos e sustentáveis. Segundo Patrícia Rego, a Rede Globo tem como meta que 50% de suas novas contratações sejam de pessoas negras em praticamente todas as áreas da empresa, incluindo cargos de liderança. Essa é uma mudança resultado de comitês, pesquisas e sensibilidade às pautas culturais e sociais que surgem no dia a dia, segundo Patrícia Rêgo.

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