O Nubank estreou com alta nesta quinta-feira (9) na Bolsa de Valores de Nova York. E a valorização dos papeis do banco – que já é o mais valioso da América Latina, fez crescer a fortuna do seu fundador e principal acionista, o colombiano David Vélez.
Segundo o ranking de bilionários da Bloomberg, Vélez tem agora uma fortuna de US$ 10,2 bilhões – US$ 8,24 bilhões a mais que no início do ano. O executivo ocupa, agora a 232º posição entre os mais ricos do mundo.
Vélez não é brasileiro – mas, se fosse, seria o terceiro mais rico, atrás apenas de Jorge Paulo Lemann, da Ambev (US$ 20,6 bilhões) e Eduardo Saverin, do Facebook (US$ 17,9 bilhões).
Entre os colombianos, o executivo aparece em segundo lugar no ranking, atrás apenas de Alejandro Santo Domingo, do grupo Bavaria (US$ 11,2 bilhões).
Quem é David Vélez
Colombiano, Vélez conta em carta aos investidores que, em 2012, entrou em uma agência bancária no Brasil para abrir uma conta. Por ser estrangeiro, a burocracia para isso foi imensa – e ele, que diz ter entre suas primeiras experiências de trabalho a fábrica de botões do próprio pai na Costa Rica – viu ali uma oportunidade de empreender.
Antes da fundação do Nubank, no entanto, Vélez foi sócio da Sequoia Capital (um dos atuais investidores do Nubank), Goldman Sachs, Morgan Stanley e General Atlantic. O executivo é engenheiro, com mestrado pela universidade de Stanford, nos Estados Unidos.
Em 2013, fundou o Nubank junto a Cristina Junqueira e Edward Wible, com um único produto: um cartão de crédito Mastercard, cujo uso era totalmente controlado pelo smartphone. Depois de sucessivos aportes financeiros, chegou a setembro deste ano com 48,1 milhões de clientes – mas um prejuízo de US$ 99,1 milhões no acumulado do mesmo ano.
Em 2018, Vélez afirmou que a então considerada fintech estava 'no primeiro minuto do primeiro tempo', mas que pretendiam ser um jogador relevante do mercado, brigando contra os grandes bancos – que, hoje, já valem menos que o Nubank, pelo menos na bolsa de valores.
Em agosto deste ano, Vélez e a esposa, a empreendedora peruana Mariel Reyes, se comprometeram a doar, em vida, "a maior parte" de sua fortuna para projetos sociais. O casal assinou carta conjunta ao The Giving Pledge, um movimento global de bilionários para dar destino social ao patrimônio que acumularam. A iniciativa foi criada em 2010 pelos empresários Bill Gates, Melinda Gates e Warren Buffett, três das pessoas físicas mais ricas do mundo.