Lucro anual da Cielo cai 50% e fica em R$ 1,58 bilhões em 2019

O Ebitda do ano passado foi de R$ 1,79 bilhão, enquanto a receita líquida da companhia caiu 17,8% em 2019, para R$ 5,3 bilhões

A Cielo (CIEL3) encerrou o ano de 2019 com um lucro líquido de R$ 1,58 bilhão, o que representa uma queda de 49,7% sobre o mesmo período do ano anterior. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) do ano passado foi de R$ 1,79 bilhão, 50,6% abaixo de 2018. Enquanto isso, a receita líquida da companhia caiu 17,8% em 2019, para R$ 5,3 bilhões.

A companhia teve lucro líquido de R$ 242,4 milhões no quarto trimestre de 2019, queda de 68% na comparação com o mesmo período de 2018, de R$ 757,7 milhões, considerando o conceito Cosif, critério exigido a empresas reguladas pelo Banco Central. Ante o trimestre anterior, foi visto recuo de 32,3%. A geração de caixa medida pelo Ebitda somou R$ 680,3 milhões no trimestre, baixa de 37,8% em um ano, de R$ 1,094 bilhão. Na comparação com os três meses anteriores, foi vista redução de 6,1%.

Já sua receita operacional líquida foi a R$ 2,975 bilhões de outubro a dezembro, recuo de 1,2% em um ano, quando estava em R$ 3,011 bilhões. Ante o terceiro trimestre, entretanto, subiu 6,3%.

E seu release, a Cielo justificou a queda da receita à “pressão no preço médio decorrente do ambiente competitivo, efeitos parcialmente compensados pelo aumento do volume capturado e pelo crescimento da receita relacionada ao produto pagamento em dois dias”.

Apesar da queda nos resultados, em 2019, o volume financeiro de transações da empresa avançou 9%, a R$ 683,1 bilhões. Especificamente com cartões de crédito, o volume financeiro de transações totalizou R$ 411,6 bilhões no ano passado, apresentando um aumento de 13% em um ano.

O volume financeiro da Cielo foi de R$ 683,1 bilhões em 2019, alta de 9% em relação a 2018, de R$ 626,5 bilhões. No ano passado, a Cielo capturou 7,1 bilhões de transações, aumento de 2,9% em relação a 2018.

A companhia também implementou um novo modelo comercial, contratando mil vendedores, apelidados de “hunters” (caçadores) com o objetivo de trazer novos clientes. Como resultado, aumentou em 18% sua carteira, para 1,6 milhão de estabelecimentos.

A companhia ainda destacou que 2019 foi um ano de mudanças para o Brasil e para o mercado de meios de pagamento. Menciona ainda as alterações estruturais feitas pela atual gestão, sob o comando de Paulo Caffarelli, com ênfase em três unidades de negócios: grandes contas, varejo e empreendedores.

“Terminamos 2019 convictos de que cumprimos nossa missão. Estamos preparados para 2020, ano em que a Cielo completa 25 anos de existência e liderança”, disse a Cielo.

Os gastos totais (custos e despesas) na Cielo, desconsiderando os efeitos de equivalência patrimonial, totalizaram R$ 4,114 bilhões, aumento de 9,7% em relação a 2018.

Além do balanço, a Cielo informou o pagamento de juros sobre capital próprio complementares no montante de R$ 24,2 milhões. O pagamento será feito aos acionistas em 13 de fevereiro com base na posição acionária de 30 de janeiro, ou seja, as ações passam a ficar ex-JCP em 31 de janeiro.

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