Após cinco anos, o Uber Eats decidiu encerrar sua operação de entregas de restaurantes, no Brasil. A informação foi confirmada pela empresa, que encerrará o serviço de delivery de comida, em 7 de março.
No entanto, a companhia manterá o aplicativo com esforços nos serviços de entrega de supermercado, por meio da Cornershop, hoje disponível em mais de 100 cidades brasileiras. Além disso, continuará com Uber Flash, de entregas rápidas por motoristas do aplicativo, e Uber Direct, de entrega de lojas diretamente aos clientes, no mesmo dia.
“A partir de agora, a empresa vai trabalhar em duas frentes: com a Cornershop by Uber, para serviços de intermediação de entrega de compras de supermercados, atacadistas e lojas especializadas; e de entrega de pacotes pelo Uber Flash”, disse a empresa em comunicado.
A liderança do mercado de delivery de restaurantes no país é do iFood, com 70% de participação. Com a saída do Uber deste segmento, a colombiana Rappi segue como principal concorrente do iFood no Brasil.
Um dos motivos do encerramento do Eats é a pressão da liderança de mercado do iFood. Em setembro de 2020, o Rappi entrou com um pedido de investigação contra o iFood junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em março, a Superintendência-Geral do Cade decidiu proibir o iFood de fechar novos contratos de exclusividade com restaurantes em sua plataforma, em caráter preliminar.
“A Uber segue seu compromisso com seus mais de 1 milhão de motoristas parceiros que geram renda fazendo viagens e entregas pela plataforma – o volume de viagens no Brasil já é maior do que o registrado no período anterior à pandemia. A empresa seguirá expandindo produtos para outros meios de transporte, como motos e táxis”, informou a companhia.