Por Fabrício de Freitas
O ministro do Desenvolvimento Social (MDS), Wellington Dias (PT-PI), expressou seu apoio à posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que manifestou resistência à meta de déficit fiscal zero para 2024 durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. Em entrevista, Dias se alinha a outros membros do governo que defendem uma abordagem mais flexível em relação à meta estipulada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
A discussão centraliza-se no equilíbrio entre a necessidade de manter as contas públicas em ordem e a importância de fomentar investimentos para impulsionar o crescimento econômico. O ministro reconhece os benefícios de um país com finanças equilibradas, como a redução do risco e das taxas de juros. No entanto, ele ressalta a importância de continuar combinando investimentos públicos com o setor privado para fortalecer a economia.
Dias destaca que Lula compreende a necessidade crucial de promover o crescimento econômico, argumentando que isso não só gera receita, mas também contribui para o equilíbrio das contas públicas. Ele sublinha o impacto multiplicador na economia de programas sociais, como habitação, e salienta que investimentos em áreas como saúde e saneamento ajudam a reduzir as despesas governamentais.
Apesar da preocupação com o equilíbrio fiscal, o ministro ressalta que Lula não está disposto a sacrificar investimentos essenciais para estimular o crescimento. Ele enfatiza a necessidade de manter a estratégia de combinar investimento público com o privado para criar um ambiente propício ao desenvolvimento.
Quanto ao Bolsa Família, Dias promete reduzir a fila de candidatos para cerca de 300 mil famílias até o final do ano. No entanto, ele alerta que o benefício não será reajustado no próximo ano devido à queda nos preços dos alimentos observada recentemente.
O ministro reforça o compromisso do governo em combater a fome e a pobreza, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Ele expressa o desejo de retirar o Brasil do mapa da fome até 2026, reconhecendo os avanços significativos alcançados até o momento, com muitas famílias do Bolsa Família saindo da pobreza.
Por fim, Dias destaca a importância de considerar as necessidades das classes mais vulneráveis e da classe média ao discutir políticas sociais, como a possível redução de impostos sobre a cesta básica. Ele argumenta que é fundamental garantir que os preços dos alimentos permaneçam acessíveis, especialmente para as camadas mais necessitadas da população.
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