Na semana passada, forças policiais- à frente a PF-, apreenderam aeronaves, armamentos pesados, 7 toneladas de cassiterita e várias máquinas usadas pelo garimpo ilegal na exploração de minerais valiosos nas terras das populações indígenas Yanomâmis.
No meio dos achados estavam 24 antenas de internet da Starlink, empresa pertencente ao ultra-bilionário Elon Musk, esse mesmo dono da X (ex-Twitter), que vem atacando o judiciário brasileiro, desacatando o ministro Alexandre de Moraes e querendo fazer do Brasil uma terra de ninguém.
O raciocínio lógico das pessoas sensatas, que têm noção da realidade e prezam por valores democráticos, leva à exata dimensão de que os interesses de Elon Musk nos Estados Unidos e no mundo estão centrados em ganhos econômicos.
Musk não é nenhuma liderança política da direita, da extrema-direita e jamais de segmentos progressistas. Sua sede é financeira, voltada para ganhar impulso nos seus negócios de internet e rede sociais, levando milhares de tolos a seguirem seus anseios de ganho.
Esse achado de antenas da Starlink a serviço do crime, dos negócios ilícitos dos garimpeiros ilegais, até mesmo, certamente, do narcotráfico que se pratica nas terras amazônicas, e do contrabando de ouro, cassiterita, titânio, nióbio, entre outros minerais valiosos que são retirados marginalmente da Amazônia, não parece ser novidade para o perfil pouco recomendado de Musk.
Quando, em janeiro de 2023, descobriu-se a tragédia humanitária vivida pelos povos Yanomamis, atacados em suas terras e levados à morte, à fome e inanição pelos garimpeiros ilegais que invadiram seus espaços, as forças de segurança já haviam detectado, naquele momento, a presença de antenas de internet da Starlink.
Alí estava o sinal de que as autoridades deveriam correr atrás dos negócios do dono do X, pois o propalado contrato que ele havia firmado com o governo anterior para levar internet de graça às escolas públicas da região, não passava de falácia, pois esse contrato nunca saiu do papel, mas as antenas estavam lá para servir ao crime.
Esse embate criado pela cabeça de Elon Musk contra o Brasil ganhou destaque na imprensa do exterior, não apenas pelo tom de agressividade que ele dispara contra autoridades brasileiras, mas muito pelo histórico de conflitos que o poderoso dono do X tem sido capaz de produzir em várias partes do mundo. A lista de desavenças é longa, a ponto de fazer o jornal New York Times registrar seu comportamento como sendo de "um ator novo e caótico no palco da política global".
Vejamos, portanto, algumas dessas polêmicas que ele já provocou ao mundo:
Em 2023, a União Europeia abriu uma investigação contra a rede social X, para apurar suposta propagação de conteúdos terroristas e violentos, além de discursos de ódio, após o ataque do Hamas a Israel;
Musk, em outra postagem, colocou no meio uma discussão sobre a guerra Rússia-Ucrânia, sugerindo um plano de paz através de uma enquete, em que exercitava clara ingerência na politica interna praticada por autoridades ucranianas;
De maneira clara, ele abriu uma guerra contra o Estado norte-americano de Delaware, apelando aos seus seguidores para que “nunca registre sua empresa em Delaware” e anunciou que duas de suas empresas, a Neuralink e a SpaceX não teriam mais negócios fiscais naquele estado. Em fevereiro, soube-se que a Neuralink, destinada a conectar cérebros humanos a computadores – registraria seu endereço legal em Nevada (onde X, outra empresa de Musk, já tem sede), e a empresa aeroespacial SpaceX, no Texas.
Um esclarecimento necessário:
Os sete mil quilos de cassiterita apreendidos na semana passada, têm um
valor extraordinário. Não apenas por seu preço, mas por sua aplicação. A cassiterita é conhecida como “ouro negro”, e levou o Estado de Roraima a ficar dominada pelo contrabando internacional. Esse mineral é fundamental na fabricação de latas de alimentos, no acabamento de carros, na fabricação de vidros e até na tela de celulares.
Tudo a ver.