Na semana passada o Ministério da Saúde anunciou que mais três imunizantes atingiram sua meta de cobertura, fazendo com que a vacinação deixasse milhares e milhares de crianças protegidas contra as formas mais graves de tuberculose (BCG)- sarampo, rubéola e caxumba, (tríplice viral) e também contra a poliomielite, a conhecida e temida paralisia infantil.
Essa é uma notícia de grande relevância para as famílias brasileiras, que está sendo celebrada por agentes da saúde pública e pelos cientistas do país, que sabem o sanificado das vacinas como anteparo a inúmeras doenças que atingem de maneira especial as crianças, muitas delas fatais, que levam à morte ou deixam sequelas irreparáveis.
Durante este ano de 2024, nada menos do que 12 das 16 vacinas já ultrapassaram o percentual de cobertura e em 15 delas o aumento médio, comparando-se ao ano de 2022 (último do governo anterior), foi superior a 17 pontos percentuais.
Nesses dois anos do atual governo, o crescimento tem sido constante e progressivo, restabelecendo o país da fase desprezível do negacionismo oficial, na qual os imunizantes foram deixados de lado, negados como recursos adequados e eficazes contra as doenças graves e evitáveis, e em muitos casos, como aconteceu com a vacinação da Covid-19, foram trocados por medicamentos sem qualquer indicação científica, não recomendados pela ciência, atitude que em muito contribuiu para o que Brasil tivesse mais de 700 mil mortes humanas, o maior percentual do mundo comparado ao contingente populacional.
Agora, a cobertura da BCG, dando proteção contra a tuberculose, atinge o patamar de 91,73%, superando a meta de 90%; a cobertura da 1ª dose da vacina tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola, já alcança 95,69%, para uma meta de 95%, e a cobertura da polio oral, a gotinha que previne contra a poliomielite, está em 95,58% (a meta é de 95%.)
Esses resultados animadores constituem, além de um bem enorme à saúde dos brasileiros, especialmente de nossas crianças, um prêmio ao esforço da ministra da Saúde, Nísia Trindade, que teve atuação corajosa à frente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), confrontando-se com o governo Bolsonaro- que adotou prática negacionista no combate à pandemia do Coronavírus-, e a seguir escolheu uma política sistemática de retorno da vacinação em massa ao assumir o Ministério da Saúde no Governo Lula.
A volta do Zé Gotinha, percorrendo o Brasil de Norte a Sul, envolvendo as famílias no seu apelo amoroso, transmitindo a mensagem de que a vacina salva vidas, é bem o exemplo do trabalho que o MS implantou. Os resultados estão chegando de modo esperançoso.
Esse desempenho do Ministério da Saúde, que mobiliza Estados e Municípios na tarefa de imunizar a população por meio das vacinas, tem merecido claros elogios de dirigentes do mundo científico, como se vê na manifestação do vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações(SBlm), Renato Kfouri, quando se diz satisfeito por ver esse avanço e lembrar que desde 2016 o Brasil não atingia a meta de cobertura. Foi nesse período, ante a inércia de governantes, que a queda na procura de imunizantes começou a se registrar, agravando-se enormente a partir de 2019.
Os anos 2023 e 2024 têm sido de retomada vigorosa das práticas de imunização da população, com foco especial nas crianças, às quais são reservadas no SUS nada menos do que 16 das 30 vacinas aplicadas pelo Ministério da Saúde.
Em relatório recente, a Organização Mundial de Saúde e o Fundo Unicef relatam que o número de crianças brasileiras que não receberam nenhuma dose da DTP (tríplice bacteriana) caiu de 418 mil para 103 mil ao final do ano de 2023, representando um avanço positivo superior a 75%.
O Brasil, segue, agora, na lista dos 20 países do mundo que mais conseguiram imunizar suas populações, conforme diz OMS/Unicef, mesmo tendo enfrentado quedas consecutivas nas coberturas a partir de 2016. Segundo o relatório, o número de crianças brasileiras que não receberam a DTP3 (Vacina Pentavalente) caiu de 846 mil em 2021, para 257 mil em 2023.
Conforme o relatório dos organismos oficiais mundiais, no Brasil, nos 13 imunizantes que apresentaram recuperação, a média de alta foi de 7,1 pontos percentuais, sendo que nacionalmente a que mais cresceu em cobertura foi o reforço da tríplice bacteriana, com 9,23 pontos, passando de 67,4% para 76,7%. Ao avaliar a cobertura vacinal entre os estados, a maioria apresenta melhoria na cobertura das 13 vacinas citadas.
O investimento feito pelo Governo central para apoiar estados e municípios nessa estratégia também aumentou. Mais de R$ 6,5 bilhões foram investidos em 2023 na compra de imunizantes e a previsão é que esses recursos alcancem R$ 10,9 bilhões em 2024.
De forma inédita, R$ 150 milhões foram repassados por ano aos estados e municípios, em apoio às ações de imunização com foco no microplanejamento, ou seja, nas ações de comunicação regionalizadas. Para 2024, o mesmo valor está sendo destinado aos estados e municípios.