José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

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Crescimento de empregos formais indica economia se reaquecendo

Governo Lula impulsiona empregos formais e investimentos, sinalizando uma recuperação econômica promissora para o Brasil

Claros sinais de que a economia brasileira está retomando seu fôlego, com a retomada dos negócios produtivos, surgem desde janeiro a partir da recuperação do mercado de trabalho. As atividades industriais e os setores de serviços, sobretudo, melhorando seu desempenho, puxam a criação de vagas no setor formal, o que é um sintoma bastante animador.

Esta semana, conforme divulgação do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Brasil registrou a abertura de 1,9 milhão de postos de trabalho com carteira assinada nos últimos 12 meses, até Abril, e desse total 705 mil vagas foram geradas somente nos quatro primeiros meses de 2023, demonstrando que essa retomada dos empregos está alcançando níveis mais elevados a partir do novo governo.

CLASSES MAIS POBRES

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua( Pnad), divulgada na semana passada, já revelava que esse nível de emprego, com especial destaque para as classes mais pobres, vinha aumentando, surpreendendo o fato de que crescem os empregos formais, diferentemente da informalidade que vinha dominando o mercado até final de 2022.

A magnitude da melhora do emprego formal tem surpreendido os economistas atentos a esse segmento da economia. Há, também, registros de recuperação do rendimento dos salários, mais um fator que demonstra o reaquecimento econômico, embora esses níveis ainda se encontrem 8% abaixo dos registrados em janeiro de 2020, anteriormente à pandemia do Coronavírus.

ELEVAÇÃO DO PIB

Anima esses analistas a constatação de que o Brasil está caminhando para alcançar uma elevação do PIB bastante superior ao que muitos deles mesmo previam, podendo ultrapassar a barreira dos 2% e chegar até 2,5%, diferentemente dos 0,9% que o próprio Fundo Monetário Internacional(FMI) havia previsto para o Brasil.

A forte criação de empregos com carteira assinada neste 2023 é explicada pela recomposição de quadros nos setores que foram duramente afetados pela pandemia, com notável elevação de vagas em áreas da construção civil, da retomada de obras públicas (sobretudo viárias), na indústria de alimentos, nos serviços de transporte e em setores administrativos, com destaque para educação e saúde.

PAC

Essa tendência de crescimento dos empregos formais deverá receber um expressivo impacto positivo a partir do próximo mês de Julho, quando o Governo Federal deverá dar início à nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um programa criado na primeira gestão de Lula na Presidência e que trouxe resultados marcantes no tocante a obras públicas em todos os Estados. Essa nova versão, a terceira, vem reforçada por um pacto entre o Governo Federal, os 27 governadores de Estado e grande número de prefeituras.

A lista inicial de execução começa com 499 obras, muitas delas paralisadas no governo passado, em setores essenciais como escolas, ginásios esportivos, hospitais, maternidades, unidades de saúde, e muitas rodovias que ficaram com seu andamento interrompido. Para dar força a esse programa, que no total se aproxima das 2 mil obras, o Presidente Lula já decidiu que os bancos públicos, como Caixa e BNDES , terão linhas especiais de financiamento para Estados e concessionárias de serviços públicos, de maneira a turbinar as construções.

PARCERIAS

As obras constantes do PAC contarão com parcerias com o setor privado. Isso faz dar aceleração às obras, e exerce também o papel decisivo de impulsionar empresas do segmento da construção civil, muitas passando por dificuldades, tendo sido forçadas a demitir colaboradores nos anos anteriores.

O novo PAC envolverá recursos da ordem de R$ 100 bilhões, parte dos orçamentos próprios dos ministérios e parte vinda dos financiamentos que agora serão concedidos pela Caixa e BNDES a Estados, Municípios e a concessões da iniciativa privada. Os recursos dos bancos oficiais a serem usados no PAC, antes ficavam parados e eram devolvidos ao Tesouro no final de cada exercício fiscal.

A expectativa é de que esses quase dois mil projetos, entre federais e locais, gerem um impacto muito significativo quanto às obras públicas no país, e causem uma onda na geração de novos empregos, o que terá incidência final no desenvolvimento brasileiro em todos os sentidos.

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