José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

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Emprego com carteira assinada está crescendo a cada mês no Brasil

Setembro registrou a abertura de 247.818 novos postos de trabalho, índice revelador de uma economia que está aquecida

O mês de setembro registrou a abertura de 247.818 novos postos de trabalho, índice revelador de uma economia que está aquecida, revitalizando-se na sua produção industrial, no comércio e serviços. O detalhe mais animador desse crescimento nos empregos é que todo esse expressivo volume é composto por novos trabalhadores com carteira assinada. 

Os dados trazidos  pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, indicam que esse resultado é fruto de 2.163.929 novas contratações, contra 1.916.111 desligamentos. No mesmo período do ano passado, a quantidade de trabalhadores novos com carteira assinada já havia sido de 204.670, o que indica uma melhora vigorosa desde o início de 2023. 

Essa geração positiva de novos contratos com carteira assinada é a segunda maior do ano. Em fevereiro, essas vagas com garantias trabalhistas asseguradas tiveram um saldo favorável de 305.935. Nesse mês anterior de agosto, o crescimento foi de 239.113 novas vagas.

Revela-se, também, que o saldo positivo tem sido verificado em todos os meses deste ano, constituindo, no acumulado de janeiro a setembro um volume de 1.981.557 empregos celetistas, diferença obtida nos 19.782,862 adminissões, contra 17.801,305 desligamentos. 

A previsão feita pelo governo é de que em 2024 o saldo de contratações com carteira assinada passe dos dois milhões.

Nesse excelente resultado que vem sendo alcançado, destacam-se cinco setores da economia como os que mais têm concretizado contratações celetistas, com realce  para Serviços, que abriu 128.354 novos postos; a Indústria, que contratou 59.827 novos celetistas; o Comércio, com 44.622 e a construção civil, que fechou setembro trazendo mais 17.024 empregos formais.

Essa robustez do mercado de trabalho formal é um dos principais pontos para se enxergar o processo de revitalização econômica que o Brasil está vivendo, depois de amargar por longos cinco anos um período de estagnação e até mesmo retrocesso em alguns segmentos, sobretudo no campo industrial, paralisado e envelhecido, com redução drástica de sua produção, de sua exportação e, consequentemente, da retratação do trabalho em seu território.

Esse resultado positivo no saldo de empregos com carteira assinada ficou bem acima da média das projeções feitas por 18 consultorias e instituições financeiras, que não acreditavam que esse volume de novos celetistas pudesse passar de 225 mil, havendo até quem afirmasse que não seria superior a 200 mil. 

A geração de novos celetistas, conforme mostra o Caged, ocorreu nas cinco regiões do país, com o Sudeste acrescentando mais 98,2 mil novos postos, seguindo-se o Nordeste , com 77,1 mil, o Sul, com 38,1 mil, o Norte, com 15.6 mil e, finalmente, a região Centro-Oste, onde o crescimento foi de 15,3 mil. O crescimento nacional, em setembro, representou uma taxa de 11,4% superior ao mesmo período de 2023.

A aposta que os setores produtivos brasileiros faz neste momento, animados com o nível constante de crescimento da produção, retomada do desenvolovimento industrial, dos contratos de trabalho, contratação de serviços e aumento de vendas no comércio, é ver as taxas de juros caírem de maneira adequada às necessidades que todos esses setores têm de realizar operações de crédito. E temem, por outro ladom que se os juros não baixarem, pode haver retração nos negócios, o que seria fatal para a economia nacional e para o bem-estar das pessoas.

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