O polêmico e muito suspeito bilionário Elon Musk (homem mais rico do mundo), decidiu chamar o ministro Alexandre de Moraes para a briga e provocar o STF para um confronto, ao anunciar em sua rede no X (ex-twitter, do qual é dono) que não acatará as determinações da justiça brasileira no que diz respeito às proibições de postagens de fake news e pregação de ódio acolhidas com frequência em suas plataformas digitais.
Musk vem questionando: “por que tanta censura no Brasil?”. E em afronta às determinações do STF, que proíbe essas postagens, inclusive várias delas de estímulo à tentativa de golpe de 8 de janeiro, diz que não vai cumprir, agride o ministro, chamando-o de descarado, e chega a sugerir que Alexandre de Moraes renuncie ao cargo ou sofra impeachment.
As plataformas controladas por Elon Musk têm sido recheadas de postagens com manifestações de violência, mentiras, preconceito e desinformação, tumultuando ainda mais um ambiente de hostilidade que se instalou no Brasil a partir (sobretudo) de 2018 para cá, impulsionado pelo bolsonarismo, por práticas da extrema direita, que ele abertamente apoia.
Embora os seguidores do bolsonarismo e da extrema direita no Brasil não tenham a capacidade de perceber, ao acolher e estimulá-los para que mantenham uma atuação permanente de postagens condenáveis nos ambientes que ele controla, Elon Musk busca tão somente ganhar mais e mais dinheiro, fortalecendo sua condição de mais rico do planeta.
Esta semana, o ex-presidente Bolsonaro colocou no ar novamente um vídeo originalmente postado em 2022 (durante a campanha eleitoral) em que chama Elon Musk de “mito da nossa liberdade”. Musk está visceralmente conectado à extrema direita mundial, lucra com isso, e sabendo que haverá eleição este ano no Brasil, coloca-se nos braços desses extremistas, para ajudá-los a ter sucesso eleitoral, mas, no fundo do principal interesse mora a real estratégia: ganhar com os impulsionamento dos seguidores desse nicho e encher os cofres de muita grana.
Número de médicos é maior da história, mas presença no interior não melhora
Os cuidados à saúde dos brasileiros que vivem no interior do Brasil continuam precários, no que diz respeito ao atendimento médico, embora o número desses profissionais seja o maior da história, alcançando, hoje, 575.930 formados, em exercício, conforme estudo anunciado hoje pelo Conselho Federal, como parte da pesquisa Demografia Médica CFM.
Embora o número de médicos tenha quadruplicado em quatro décadas, de 1990 para cá, passando de 131.278 para essa quantidade anunciada agora, a população do país cresceu apenas 42%, passando de 144 milhões para 205 milhões. Entre 1990 e 2023, a população médica registrou crescimento médio de 5% ao ano, contra aumento médio de 1% ao ano identificado na população em geral. Entre 2022 e 2023 esse crescimento foi ainda maior, de 6,5% no ano, passando de 538.095, para 572.960 médicos em exercício.
O Brasil possui, assim, 2,81 médicos por cada mil habitantes, taxa praticamente igual à do Canadá, e superior a países bastante desenvolvidos, como Estados Unidos, Japão, México e Coreia do Sul. Do ponto de vista mundial, considerando a sua população total, o Brasil vai bem na fita. Contudo, quando vamos observar a concentração de médicos considerando o tamanho das cidades, vamos verificar uma enorme distorção.
As populações das pequenas localidades do interior do Brasil, especialmente do Norte e Nordeste, continuam sem avistar um médico para lhes socorrer. Como esses profissionais buscam o melhor conforto das maiores cidades, as capitais brasileiras, por exemplo, apresentam uma média superior a 7 médicos por cada mil habitantes, enquanto no interior do Norte esse número é inferior a 2 médicos por cada mil habitantes e no Nordeste não passa de 2,22 profissionais . E muitos municípios do Norte e Nordeste não têm médico algum.