José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

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Governadores unem-se para por Nordeste como exemplo ao mundo

Governadores nordestinos firmaram um acordo com o Banco Mundial, visando à elaboração de um plano de transição energética,

Governadores do Nordeste brasileiro incorporaram de vez o esforço para transformar a região no maior celeiro de produção de energias renováveis do país, contribuindo diretamente para que que o Brasil atinja a meta fixada pelo presidente da República, de tornar a matriz energética brasileira “100% limpa”, conforme Lula proclamou em 31 de agosto, no Piauí, quando fez o lançamento do Novo PAC e tornou público o novo programa de combate à miséria, o Brasil Sem Fome.

Nessa segunda-feira, reunidos em Brasília, os governadores nordestinos firmaram um acordo com o Banco Mundial, visando à elaboração de um plano de transição energética, com captação de investimentos na cadeia de hidrogênio de baixa emissão de carbono e financiamento de projetos com foco em energias renováveis. Todos os dirigentes estaduais nordestinos estavam presentes e anunciaram a revitalização do Consórcio Nordeste, com foco especial nessa busca conjunta pela sustentabilidade e pela autonomia energética.

O Banco Mundial anunciou que colocará toda sua expertise à disposição dos governantes nordestinos, favorecendo a troca de experiências com ações e projetos já em andamento em outras partes do mundo e o que está sendo feito em cada Estado nordestino, de maneira a criar todas as condições necessárias a um caminho seguro e sustentável, com o melhor aproveitamento possível das riquezas da região e compromissos explícitos sobre inclusão.

IMPACTO NO PIB

No aspecto das inclusão, aliás, dados da Associação Brasileira de Energia Eólica mostram que a cada R$ 1 investido nessa fonte de energia no país, são incorporados, por devolução, R$ 2,90 no Produto Interno Bruto nacional. Foi assim, que o Nordeste viu o seu PIB regional crescer 21% e o Índice de Desenvolvimento Humano elevar-se em 20% desde a chegada dos parques eólicos.

E sabem os governadores que está havendo uma corrida de investimentos, principalmente das empresas do setor de óleo e gás, que estão querendo investir em energias renováveis. E por já conhecer a exploração do mar, elas têm muito interesse em investir em eólica offshore. Então abrir essa nova tecnologia para investimento vai ser muito importante para o Brasil, porque isso vai trazer PIB, vai trazer geração de emprego e de renda para a população.

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Até o final de agosto deste ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já havia registrado 78 pedidos de licenciamento ambiental para instalação de usinas eólicas offshore, totalizando 189 GW de potência instalada. A expectativa é que até 2024 o Brasil tenha pelo menos 30 GW de capacidade de geração de energia eólica instalada, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).

A extensa costa litorânea e a incidência de ventos constantes fazem da região Nordeste a mais importante para a geração de energia por meio de parques eólicos no mar no país. Segundo a ABEEólica, o Nordeste responde por 80% dos parques eólicos brasileiros. O setor conta com cerca de 260 mil trabalhadores em todo o mundo. Dados da Perspectiva Global da Força de Trabalho Eólica 2022-2025 indicam ainda que serão necessários 480 mil trabalhadores treinados em todo o mundo, 308 mil deverão ser empregados para construir e manter projetos eólicos onshore (instalados em terra) e 172 mil para parques eólicos offshore (no mar).

OFFSHORE

A geração de energia elétrica em usinas eólicas offshore (no mar) pode ampliar em 3,6 vezes a capacidade energética do país. É o que aponta o estudo “Oportunidades e desafios para geração eólica offshore no Brasil e a produção de hidrogênio de baixo carbono” — elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, a exploração da energia eólica offshore associada à produção de hidrogênio de baixo carbono pode aumentar a competitividade do Brasil no cenário internacional.

Vê-se, com alegria e esperança, que o Brasil está se arrumando para um grande passo econômico e social, apresentando- se diante do mundo por um exemplo elogiável, por sua imensa contribuição ao equilíbrio do clima. O Planeta agradece.

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