O Governo Federal, por recomendação pessoal do Presidente Lula, está empenhado de fato em dar ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social uma atenção especial às camadas mais pobres da população, beneficiando diretamente pessoas vulneráveis, de baixa autonomia, a quem faltam oportunidades, ficando, desse modo, menos aptas a estabelecer competições no mercado.
O BNDES já vinha dando sinais de que está disposto a financiar projetos de caráter mais sociais, de condições econômicas menos visíveis, fazendo cumprir o papel do S (Social) que foi mais tarde incorporado ao nome do banco depois da sua criação. E é exatamente o de atuar para diminuir as desigualdades sociais existentes imensamente no país.
Um sinal positivo dessa atuação foi dado ontem, quando o banco público brasileiro lançou o Projeto BNDES Periferias, anunciando um investimento inicial de R$100 milhões para serem aplicados em iniciativas nas favelas e comunidades urbanas pobres do país. O banco vai financiar propostas com foco em trabalho e renda, educação, cultura e inclusão.
Desse valor de R$100 milhões, metade disso (R$50 milhões) será do próprio BNDES, não reembolsável, e os outros R$50 milhões virão da iniciativa privada, através de captação. A iniciativa, conforme depoimento do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, tem o caráter de reforçar a atuação do banco na redução das desigualdades, a partir da estruturação de polos culturais e iniciativas para a geração de emprego e renda.
A proposta é levar atividades, promover a formação profissional, possibilitar a instalação de equipamentos e criar um ambiente saudável e produtivo ao convívio social. Isso se constitui num enorme avanço para suprir notável carência dentro dessas comunidades urbanas existentes em quase todas as grandes cidades brasileiras.
Trata-se de uma iniciativa importante e impactante, que chega na exata hora em que o Presidente Lula lançou um outro programa de grande alcance social, de impulso às atividades artísticas e culturais, voltado para a juventude pobre e negra do país, denominado Plano Juventude Negra Viva que prevê o robusto investimento de R$ 665 milhões nos próximos anos, com ações transversais de 18 ministérios, cuja proposta central é a redução da violência letal e outras vulnerabilidades sociais que afetam danosamente essas populações.
Marcando o evento com sua presença, o Presidente Lula declarou que não é possível “achar normal” o extermínio da juventude negra do país, motivada por racismo e suas consequências perversas, uma ocorrência que se registra todo dia e que não é reconhecida por expressivas parcelas da sociedade, que insiste em ignorar essas terríveis mazelas. Com isso, cria-se um caldo de animosidade permanente, de perseguição policial contra jovens negros, de discriminação e abuso por parte de autoridades, num ambiente crescente de violência e ódio, comprometendo-se o futuro desses jovens e do próprio país.
Idealizado e articulado pelo Ministério da Igualdade Racial e pela Secretaria Geral da Presidência da República, o Plano é resultado do que foi ouvido e apurado durante caravanas participativas realizadas ao longo de 2023 em todos os Estados brasileiros e Distrito Federal e dá prioridade a 10 ações fundamentais à valorização, promoção e proteção da juventude negra.
Vai atuar desde o treinamento e capacitação de policiais em todo o Brasil, passando pela criação de bolsas de R$ 500 para jovens negros em cursos de capacitação profissional, bolsas de preparação para concursos realizados pela administração pública, promoção de intercâmbios entre países do hemisfério sul, com R$ 6 milhões de investimento em intercâmbios de professores e estudantes de licenciatura para África e América Latina, crédito rural com foco na produção de alimentos, agroecologia e sociobiodiversidade, acesso a internet em comunidades periféricas,.formação de jovens desportistas e instalação de equipamentos em centros culturais e educativos.