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Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

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PIB brasileiro cresce e superávit da balança comercial é o maior da história

Com esses dados extraídos do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, constata-se que o PIB nacional, em 12 meses, acumula uma alta de 2,5%

Duas boas notícias para a economia do Brasil foram anunciadas neste início de semana. A primeira veio na segunda-feira, quando ficou conhecido o resultado da balança comercial brasileira, revelando que o acumulado de superávit de janeiro a maio deste ano foi de US$34,59 bilhões. A diferença entre importação e exportação a favor do Brasil subiu  3,1% comparativamente aos mesmos 5 meses de 2023 e é um recorde de todos os tempos para um mesmo período.

Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou o resultado do Produto Interno Bruto do país no primeiro trimestre de 2024, mostrando um crescimento de 0,8% na comparação com os primeiros três meses de 2023. Com esses dados extraídos do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, constata-se que o PIB nacional, em 12 meses, acumula uma alta de 2,5%.

Esse crescimento vem se mantendo acima das expectativas anteriores do mercado, que indicavam que a elevação do  nosso produto interno não passaria de 1,7% em 2024, e da própria Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que projetava um crescimento brasileiro de apenas 1,8%, expectativa que a própria OCDE, no começo de maio deste ano, revisou para 1,9%.

O setor que apresentou maior evolução no primeiro trimestre foi o da Agropecuária, com uma alta de 6,4%, mas uma revelação bastante positiva, diante da realidade demonstrada há um ano, diz respeito ao setor industrial, que agora obteve uma elevação de 1,9%. Também cresceram os segmentos ligados aos Serviços, com alta de 2,3%. A soma dos bens e serviços finais produzidos pelo Brasil chegou a R$2,7 trilhões em valores correntes. 

Na realidade, essa é a primeira taxa positiva do PIB , após constatar-se uma estabilidade de desempenho nos últimos trimestres do ano passado.

Esse desempenho brasileiro representa uma retomada segura e crescente, após o país ter andando de lado nos dois últimos trimestres de 2023, o que fez o conhecido mercado apelar para um certo alarmismo, expressando a visão de que o país parará de crescer e, com isso, inundando a mídia com pressão sobre o Banco Central para que interrompa o ciclo de quedas das taxas Selic.

De alguma forma, o Comitê de Política Monetária do Banco Central acusou o golpe, e na sua última sessão reduziu a baixa da taxa de 0,50% para 0,25%, estabelecendo um racha político entre os conselheiros indicados por presidentes da República anteriores (sob a liderança de Roberto Campos Neto, presidente do BC) e os demais conselheiros, estes indicados pelo atual Presidente Lula.

Sabe-se que o COPOM- rendendo-se às pressões do mercado produtivo, daqueles que de fato fazem rodar a economia brasileira, e também à necessidade revelada constantemente pelo Governo-, adotou uma política diferente da que impuseram em agosto de 2022, quando manteve as taxas Selic nas alturas, as mais altas do mundo.

 A partir de agosto de 2023, um ano depois, o Copom iniciou o processo de queda em 0,50% por sessão, e durante seis reuniões seguidas fez essas taxas caírem 3 pontos percentuais, saindo de 13,75% para 10,75%. Atualmente, com a queda da última sessão, isso indica que os juros básicos estão em 10,50%. Não se sabe o que os integrantes do Copom decidirão nas próximas sessões. É pagar para ver.

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