Esta semana que está começando promete ser marcada por um debate intenso em torno das apostas esportivas na internet e aplicativos, uma modalidade de cassinos online que viralizou de maneira espantosa no Brasil, levando a cada dia número maior de pessoas, inclusive crianças e adolescentes, a se aventurarem na sorte, uma onda crescente que está levando à constatação de endividamento das famílias, sobretudo as mais pobres.
Isso por que, além da polêmica em si, o senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, ingressou hoje com um recurso na PGR, pedindo que a Procuradoria solicite ao Supremo Tribunal Federal a suspensão urgente der todos os sites de apostas e aplicativos online. Ele quer que todos sejam retirados do ar, (assim como o STF fez com o X (ex-Twitter, que está suspenso há mais de 15 dias), até que seja feita a regulamentação das apostas esportivas e todas as normas entrem em vigor, o que está previsto para janeiro de 2025.
Num vídeo postado nas redes sociais nesse domingo, para justificar seu pedido, o senador Aziz afirma que essas apostas online (conhecidas como “bets” - termo que vem do inglês, do verbo to bet -apostar) “estão destruindo famílias”, tal é a prática viciante que contamina pessoas de todos os níveis e idade, tocadas pelos apelos de ganho rápido e fácil, o que não acontece em favor dos apostadores, mas enriquece de modo absurdo os controladores desses ambientes de apostas.
No vídeo, o senador critica a facilidade com que jovens acessam as “bets” e os cassinos virtuais. Ele questiona: “quem está jogando?”, e ele mesmo responde: “crianças, jovens.” E “quem está propagando isso?”. Segundo o próprio senador, “são pseudo-líderes, são pseudo-ídolos”, influenciadores que estão ganhando muito dinheiro para induzir essas pessoas a jogarem e a se endividarem.
Mesmo tendo o governo federal, desde agosto, publicado regras para publicidade, pagamento de prêmios e fiscalização de plataformas de jogos, após sanção da lei votada em 2023, a coisa parece mesmo ter saído de controle, pois a cada momento surgem novas formas de propaganda e a todo instante aumenta o volume de apostas e o endividamento das famílias.
ESPECULADORES OUVEM 126 INSTITUIÇÕES, E 114 DELAS PREGAM ELEVAÇÃO DE JUROS SELIC
Um levantamento publicado hoje, realizado junto a 126 casas ligadas ao mercado financeiro, majoritariamente de São Paulo, querem ver as taxas de juros Selic aumentadas nesta semana, quando o Copom do Banco Central faz mais uma de suas sessões.
Entre essa quase totalidade que prega a elevação de juros, 108 instituições financeiras esperam um aumento de 0,25 ponto percentual, passando dos atuais 10.50 para 10.75%, enquanto 6 delas desejam um aumento maior, de 0,50 ponto, o que levariam nossos juros básicos aos 11%. Há no meio deles quem aposte que os juros ficarão em 12% no mês de dezembro, encerrando o mandato de Roberto Campos Neto.
Embora todos os indicadores brasileiros na economia sejam positivos e tenha ocorrido em agosto a primeira deflação em 14 meses, os especuladores do mercado viraram de vez a cabeça na busca de juros mais altos. Em julho, num universo de 123 instituições ouvidas, apenas 3 previam alta de juros; em agosto, de um total de 109 ouvidas, apenas 10 falavam em aumento de taxa. Agora, de 126, espantosos 114 defendem aumentar juros.
É o que veremos no final desta quar-feira.