O combate à fome no mundo põe o Brasil novamente em destaque, liderando o esforço de nações para assumirem a gigantesca tarefa de possibilitar que, até o ano 2030, possamos ter todas as pessoas livres desse flagelo. Somente durante o ano de 2022, cerca de 1 bilhão de pessoas foram vítimas de insegurança alimentar grave e atualmente nada menos do que 45 milhões de crianças com menos de 5 anos de vida sofrem de subnutrição aguda.
É nesse esforço extraordinário, portanto, que o ministro brasileiro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, participa em Londres, a partir desta segunda-feira, da Cúpula Global sobre Segurança Alimentar- Rumo à Fome Zero e ao Fim da Desnutrição. Ao lado do primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, do ministro britânico para o Desenvolvimento Internacional e África, Andrew Mitcheli, e diante de representantes de diversas organizações internacionais envolvidas com essa grave questão, WD conduzirá a todos conhecerem as práticas que o Brasil vem desenvolvendo para retirar os brasileiros dessa condição humilhante e contribuir, com o exemplo aqui aplicado, para o êxito desas ações em outros países, sobretudo na América do Sul e na África.
O evento que se realiza em Londres antecede um fato bastante significativo para o Brasil. Dia 1º de dezembro, nosso país assumirá oficialmente a presidência do G20, o grupo que reúne as vinte mais importantes economias do mundo, constituindo-se no principal fórum de cooperação internacional nas questões econômicas e na formação e fortalecimento de uma arquitetura de governança mundial que favoreça a diminuição das desigualdades entre nações e pessoas.
Ao receber, em nome da Nação brasileira, o comando do G20 durante um ano inteiro, até o final de 2024, o Presidente Lula- que nasceu pobre e conheceu e experimentou a fome quando criança, no interior de Pernambuco-, vê-se impelido a aumentar o tamanho e intensidade de sua batalha para retirar brasileiros, e agora pessoas do mundo inteiro, da condição humilhante a que são submetidas, privadas da condição primeira, elementar, de acesso aos alimentos que as mantenham vivas.
Reiterando o que fez em seu primeiro mandato de Presidente do Brasil, quando lançou o Fome Zero, com efeitos notáveis na diminuição da desnutrição, Lula, agora, é chamado a juntar-se a dirigentes mundiais para atingir pontos que são urgentes nessa missão:
Por fim à mortalidade infantil devido à desnutrição aguda; colocar avanços científicos e tecnológicos a serviço da segurança alimentar e nutricional; preparar e prevenir crises de fome e de segurança alimentar; criar sistemas alimentares sustentáveis e resistentes às condições do clima.
Ao assumir a liderança do G20, o Presidente Lula haverá de cumprir uma agenda global urgente e necessária para fazer reduzir as cruéis desigualdades que tornam alguns países sempre mais ricos e enorme contingente de outros países cada vez mais pobres e inviáveis, tudo à vista de uma governança mundial indiferente à situação dos que mais vulneráveis e necessitados.
UNIÃO DE LÍDERES
Assim, terá sob sua responsabilidade e liderança convencer e unir líderes de grandes e poderosas nações na reversão de suas práticas, comprometendo-se a adotar o combate à fome, pobreza e desigualdade como pontos prioritários de governança global; possibilitar os investimentos financeiros necessários e exigidos para que se estabeleça uma transição energética capaz de permitir o desenvolvimento sustentável, barrando as constantes tragédias ambientais que o mundo tem presenciado, sempre em maior gravidade; enfim, dar um ao mundo um sistema de governança mais responsável, imbuído de colocar um fim nos conflitos armados, de conter a ganância de uns em detrimento da miséria de muitos, e em que a paz seja uma presença permanente, inegociável, nas relações entre nações.