Por Sávia Barreto
Estão explicadas as versões desencontradas entre o senador Ciro Nogueira (Progressistas) e o governador Wellington Dias (PT). No encontro ocorrido esta semana – que ocorreu a pedido de Wellington – Ciro confirmou que estava construindo seu próprio caminho e que, embora politicamente diferente do de Wellington, administrativamente o Progressistas ainda poderia continuar no Governo. Na conversa, de fato, não foi falado em rompimento, mas ficou claro que os projetos de Ciro e Wellington são distintos. No encontro, onde estava presente o senador Marcelo Castro, o colega de Senado chegou a dizer que Ciro poderia sim ser o candidato do governador em 2022 e o clima foi ameno.
Pensando melhor
Wellington ouviu, guardou, pensou e tomou a decisão que pegou de surpresa a todos na base. Já Ciro também se surpreendeu, afinal, alega que nunca havia guardado segredo de que gostaria de disputar o Palácio de Karnak em 2022 e, portanto, estava sendo coerente com os planos políticos de seu grupo. Quem mais tem a ganhar com o espaço do Progressistas no Governo: MDB, Solidariedade e PTB.
Carta da discórdia
A carta aberta que o Progressistas divulgou após as eleições de 2018, apontando a necessidade de mudanças na gestão e reforma administrativa foi lembrada por ambos os lados. Pelo Karnak, ali foi visto como o início do rompimento, uma “estocada” que não deveria ter ocorrido em público a um aliado. Já para o grupo de Ciro, a carta foi interpretada como coerente, pois as divergências entre o Progressistas e o Governo de Wellington estavam postas e às claras.
Sejam livres
A coluna conversou com o senador Ciro Nogueira, que afirmou que os deputados do Progressistas votaram no governador e ajudaram a elege-lo: “Deixo eles livres, não precisam entregar os cargos, o problema é comigo”, frisou.