Por Arimatéa Carvalho
O presidente da Agespisa, ex-deputado estadual Zé Santana, afirmou na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (10) que não há plano de privatização da empresa. No entanto, ele admitiu que o governador Rafael Fonteles (PT) pediu que ele resolva o problema financeiro da prestadora de serviços para que, no longo prazo, ocorra a venda de 49% de suas ações.
A venda das ações tem como objetivo, segundo Zé Santana, capitalizar a Agespisa para a realização dos investimentos necessários.
A presença do ex-deputado na Casa foi para participar de audiência pública proposta pelo deputado estadual Marden Menezes (PP).
O desabastecimento, a qualidade da água e a cobrança pelos serviços foram discutidos na Comissão de Administração Pública e Política Social da Assembleia.
Marden cobrou explicações sobre os problemas relativos aos serviços de distribuição de água em todo o Estado. “Desde quando anunciamos a audiência pública recebo diariamente vídeos e fotos de todo o Piauí da água coletada, sempre na cor amarelada, com mal cheiro e imprópria para o consumo, além de outros problemas”, relatou Marden.
O deputado citou também a cobrança de tarifas abusivas dos consumidores de diversos bairros e comunidades de Teresina, em decorrência de obras de esgotamento realizadas pela administração, que ao invés de melhorarem o serviço, pioraram a situação, aumentando a má qualidade do serviço de esgotamento sanitário.
“Aqui fica um apelo ao governador Rafael Fontelles, se nós queremos modernizar o Piauí, como vamos fazer isso se não temos água potável para a população piauiense? Nós ainda não temos o básico que é fornecer água de boa qualidade e sem desabastecimento no Piauí. A situação da Agespisa deve ser encarada como prioridade”, disse.
14 SERVIDORES GANHAVAM R$ 500 MIL
A Agespisa sofre com o problema de ter poucos funcionários e que recebem altos salários. Somente 14 servidores recebiam R$ 500 mil por mês, mas alguns foram aposentados.
Além disso, foi realizado um Plano de Demissão Voluntária para incentivar a aposentadoria de trabalhadores próximos da idade compulsória de 75 anos. Houve 36 adesões que representam uma redução de, aproximadamente, R$ 1 milhão por mês.