Por Sávia Barreto
São cinco as fases do luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Os políticos piauienses que esperam resposta do governador Wellington Dias sobre divisão de cargos no Governo passaram por quase todas essas etapas e agora encontram-se na depressão, uma espécie de melancolia em compasso de espera para saber como Wellington vai equilibrar os interesses dissonantes na base aliada.
Políticos do PT ao Progressistas, passando pelo MDB, ouvidos pelo blog Primeira Mão, relatam que Wellington Dias não formalizou convites para nenhum parlamentar integrar o Governo, exceto a deputada petebista Janaína Marques na pasta de Infraestrutura.
O maior problema do Governo no momento é a secretaria estadual de Saúde, pleiteada por PT e Progressistas. Hoje a tendência é de permanência do atual secretário, Florentino Neto. O encontro entre o senador progressista Ciro Nogueira e o governador Wellington Dias, para resolver essas e outras questões, era esperado em Brasília mas não se confirmou, o que empurra para a próxima semana até início de maio o desenho final da composição da quarta gestão do petista no comando do Palácio de Karnak.
No passado, Dias soube equilibrar os interesses e manter a base unida. Uma das estratégias do governador é justamente esticar a corda e deixar a pressão diminuir para poder conciliar os projetos que cada sigla pretende desenvolver por área, junto com as diretrizes de gestão das políticas públicas que o Governo dará o tom. Resta aguardar.