Por Sávia Barreto
Com quase duas horas de atraso, a deputada federal e líder do Governo no Congresso, Joice Hasselmann, chegou de vestido amarelo, cabelos presos e sorriso no rosto para inaugurar a sede do PSL em Teresina. Assim que desceu do carro foi cercada por jornalistas e ali mesmo, no meio da rua e do sol de quase 39 graus ao meio-dia, deu uma rápida entrevista para a imprensa local. Saiu vermelha e suando.
A poucos metros dela, uma faixa com os dizeres: “Joice pega o Índio”, em referência ao governador Wellington Dias, do PT, opositor do presidente Jair Bolsonaro. Joice adorou a faixa. Enquanto discursava, era filmada de perto pelo marido: “É o amor da minha vida”, disse a deputada, apontando para o médico. Eles completaram aniversário de casamento na sexta-feira.
Hasselmann foi muito simpática com os deputados federais piauienses presentes, Átila Lira (PSB) e Júlio César (PSD), a quem abraçou para “mostrar que podemos fazer política juntos sendo de partidos diferentes”. Tanto que pediu para ser a “décima primeira parlamentar da bancada do Piauí”.
Átila e Júlio aceitaram o novo membro informal ao grupo, na esperança de que as palavras se transformem em recursos financeiros e interlocução junto ao presidente para as demandas do estado. Joice aproveitou para criticar a história de “nova e velha política”: “Tem que parar esse negócio de velha política e nova política. Tem um monte de gente que chega lá bem novinha e faz tudo errado”. Vale lembrar: quem começou a história de “velha política” foi o presidente Jair Bolsonaro.