Por Sávia Barreto
PT e Progressistas, através dos deputados Franzé Silva e Júlio Arcoverde, respectivamente, estão antagonizando posições na Assembleia Legislativa do Piauí. Depois da disputa pela presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), vencida pelo Progressistas, com apoio do MDB e PSD, agora foi a vez do PT criticar a volta de Júlio para a Assembleia Legislativa. Na avaliação de Franzé, a situação causa embaraço ao governador.
“Digo e reafirmo: o governador vai ter que fazer uma engenharia rápida para não ter descontinuidade na permanência da deputada [suplente] Belê Medeiros (Progressistas) na Assembleia Legislativa. Ele vai ter que fazer uma conversa com deputados que tenham disposição a serem secretários, como o Fábio Novo. O governador tem tempo mínimo, já que o deputado Júlio se afastou da Semel”, explicou Franzé Silva ao blog Primeira Mão.
Júlio não deixou por menos: “Eu não estou entendendo onde o Franzé quer chegar. Meu mandato depende de mim. Fui eleito com 50 mil votos, quase. Eu volto na hora que eu quiser. Não estou criando embaraço nenhum ao governador. Ele sabia dessa minha volta há quase um mês. O governador sabia e o secretário de Governo, Osmar Júnior, sabia. Acho que está faltando eles conversarem mais sobre isso”, respondeu Arcoverde.
Na análise do blog, um parlamentar do PT, como Franzé Silva, que já teve o cargo chave de secretário estadual de Administração na gestão do governador Wellington Dias (PT), não estaria fazendo críticas a um aliado sem a anuência do comando da sigla. E o Progressistas não esconde de ninguém que ficou insatisfeito recentemente com a divisão do secretariado e agora com os critérios para indicar as direções dos hospitais regionais no interior do Piauí. PT e Progressistas vão ser adversários em 2022 e parecem já ensaiar precocemente um distanciamento.