Por Sávia Barreto
Novo usuário assíduo do Twitter, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, postou neste sábado (20/04) mais detalhes do projeto de lei anticrime que tramita no Congresso Nacional. Ele destacou especificamente a ideia de criar um banco de DNA com o perfil dos criminosos, algo que vemos em séries norte-americanas como CSI mas que não passa de ficção no Brasil real. Com o projeto, deve se tornar algo concreto. Moro incorpora o conteúdo do projeto do senador piauiense Ciro Nogueira (Progressistas).
O blog Primeira Mão conversou hoje com Ciro sobre a decisão do ministro da Justiça de acolher a ideia do parlamentar piauiense. O senador anunciou, inclusive, a intenção de ampliar o projeto: "Fiquei muito feliz do ministro ter adotado essa ideia. Estamos tratando com nossa assessoria que o projeto seja ampliado. Eu defendo que qualquer tipo de crime cometido, a pessoa seja obrigada a colher o material genético. Isso ia facilitar e muito o trabalho de investigação policial e solução de crimes", argumentou Ciro Nogueira.
Na postagem, Moro disse o seguinte: "Projeto de lei anticrime. Medidas simples e eficazes contra o crime. Uma das minhas favoritas, a ampliação do Banco Nacional de Perfis Genéticos, o que aumentará a taxa de resolução de investigação de qualquer crime, mas principalmente de crimes que deixam vestígios corporais. Propomos a extração do perfil genético (DNA) de todo condenado por crime doloso no Brasil. Significa passar um cotonete na boca do preso e enviar o material ao laboratório. Isso passa a compor um banco de dados, como se fosse uma impressão digital".
"Diante de um crime, a polícia busca vestígios corporais no local (fio de cabelo, por exemplo), identifica o DNA e cruza com o banco de dados. Tem um potencial muito grande para melhorar as investigações, evitar erros judiciários e inibir a reincidência. Temos já um banco de DNA no Brasil, mas muito modesto, com cerca de 20 a 30 mil perfis. Reino Unido tem seis milhões e Estados Unidos, doze milhões. Até o final do Governo, teremos nosso banco completo", completou o ministro.