Por Arimatéa Carvalho
A deputada estadual Bárbara do Firmino (PP) avisou neste sábado (01) que se coloca "à disposição de Teresina para trabalhar por ela". A frase confirma que ela é pré-candidata a prefeita da capital no próximo ano e foi dita na esteira da repercussão de pesquisa do Opinar sobre intenção de votos para a PMT, divulgada pelo senador Ciro Nogueira (PP) no final de semana.
A sondagem, feita entre 21 e 24 de março, mostra Bárbara liderando no PP. No geral, a liderança é do ex-prefeito de Teresina Sílvio Mendes, hoje no União Brasil, seguido por ela e tendo o presidente regional do PP, Joel Rodrigues, em terceiro lugar. O deputado estadual Fábio Novo (PT) é o nome mais bem colocado da oposição, em quarto lugar. O prefeito e natural candidato à reeleição, Dr. Pessoa (Republicanos), aparece em sexto lugar.
"Recebemos hoje com muita satisfação o resultado da pesquisa para avaliar a atual gestão municipal e fazer uma sondagem eleitoral para a eleição de 2024. Agradecemos às pessoas que lembraram do nome de Bárbara do Firmino para concorrer à Prefeitura de Teresina, essa lembrança muito nos honra", disse.
Ela disse que por enquanto vai focar no mandato de deputada e somente depois vai se pronunciar sobre candidatura, mas aproveitou para criticar mais uma vez a atual gestão municipal.
SÍLVIO ACEITAR SER VICE?
Bárbara é hoje o nome mais forte no Progressistas e o deputado federal Júlio Arcoverde defende que a escolha está entre ela e o presidente Joel. Em suas entrevistas, no entanto, Ciro acrescenta à lista Sílvio Mendes.
No meio político, a avaliação é que o nome mais forte na oposição é o de Bárbara, porque Sílvio foi muito associado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na sua campanha para governador em 2022, sofre resistências até entre os tucanos e não teria o gás necessário para uma campanha movimentada, puxada, pé no chão, até mesmo fisicamente.
A questão é saber se Sílvio topa ser o vice de Bárbara, pois a chapa seria fortíssima. Mas ainda falta muito tempo até outubro de 2024 e o candidato do governador Rafael Fonteles (PT) seguramente será um oponente difícil. Sobretudo se ele conseguir unir todos os partidos da base em torno de um único nome logo no primeiro turno e tiver o apoio do ministro Wellington Dias.
PT EM CHAMAS
Hoje, o cenário no PT é fragmentado, com o presidente da Assembleia Legislativa, Franzé Silva, se viabilizando por conta própria, enquanto Rafael empodera o deputado estadual Dr. Vinícius e o líder do Governo na Alepi, Fábio Novo, dá sinais de que não vai desistir de ser ele o escolhido (até porque aparece liderando na oposição). Ele fala em decisão final nas prévias do PT, o que seria traumático.
Os demais nomes da base até o momento são o presidente da Câmara, Enzo Samuel (PDT), e o deputado federal Marcos Aurélio Sampaio (PSD). Esses também estão em campo e não parecem dispostos a recuar. Rafael, portanto, terá sua primeira prova de fogo como articulador político amplo.
No PT, a leitura é que Rafael deveria escolher o nome de consenso até o mês de agosto, quando a capital aniversaria. Ele atualmente está na Estônia, fazendo sua primeira viagem internacional como governador, com foco em inovação e novas tecnologias para o Estado.