Por Sávia Barreto
O projeto de reforma da Previdência enviado pelo Governo do Estado para aprovação dos deputados na Assembleia Legislativa do Piauí, deve demorar bem mais do que uma semana para ser votado. Deputado da base que pediu resguardo da identidade, fez a seguinte análise à coluna: “Está um clima de constrangimento. É um projeto impopular. Tende a ser aprovado porque o governo tem maioria, mas não vai ser em uma semana”, argumentou.
Vale destacar que o governador Wellington Dias pediu alterações de forma que as adequações gerem o mínimo impacto nos servidores estaduais.
O projeto tem sido alvo de embates no plenário entre a diminuta oposição, em especial os deputados Gustavo Neiva (PSB) e Teresa Britto (PV) e todo o time governista, que se revezam nos microfones com exibição ao vivo pela TV Assembleia. Enquanto discutiam em um plenário excepcionalmente cheio de deputados que costumam se ausentar durante a semana, os funcionários da própria Alepi assistiam às trocas de farpas e tentativas de manobras do regimento. Eles, impactados pela reforma, estavam atentos a cada palavra dito - o que revela simbolicamente a importância do tema.
O Governo argumenta que o projeto tem o mesmo teor da proposta já aprovada no Congresso Nacional e sua aprovação não deveria gerar burburinho, enquanto a oposição afirma que é contraditório trazer para o Piauí o mesmo projeto que o PT fechou questão contra em plano nacional. O fato é que em meio a uma discussão política, há o equilíbrio fiscal e a compreensão de que, sem reforma, não há possibilidade futura para que as aposentadorias dos servidores estaduais continuem a serem pagas em dia. Hoje o déficit da Previdência é de R$ 1 bilhão no Piauí.