Por Sávia Barreto
Uma das apostas do governador Wellington Dias (PT), a inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência quando for votada no Senado, deve mesmo ocorrer. Quem confirmou foi o provável relator da PEC no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE): “A chance é grande”.
Para o senador, a reforma será aprovada com mais rapidez no Senado. Segundo ele, “se tudo correr bem”, a votação será realizada na Casa até setembro.
Ou seja, menos um abacaxi para ser descascado por Dias em uma votação que prometia ser arrastada e desgastante na Assembleia Legislativa do Piauí.
Para se ter dimensão do tamanho do problema, o déficit, ou seja, o volume financeiro que o Tesouro Estadual precisa colocar nas contas para compensar a arrecadação com o que vai para a Previdência, é de R$ 900 milhões.
O buraco é significativo, mas apesar disso, o déficit previdenciário do Piauí ainda é o segundo menor índice da região Nordeste e o quinto em comparação com outros estados do país. Cada piauiense paga, em média, R$ 286 por ano para cobrir o déficit do fundo previdenciário. Esses recursos, claro, poderiam ser investidos em obras de infraestrutura, saúde e educação.