Por Sávia Barreto
“[Alexandre] Baldy em qualquer função seria um grande quadro, mas é muita especulação”. A frase é do senador Ciro Nogueira (Progressistas), em conversa exclusiva com o blog Primeira Mão durante posse na Associação Piauiense Industrial na noite da última segunda-feira, 13. A informação que circula em Brasília é que o ex-ministro das Cidades, Alexandre Baldy, ligado a Nogueira, voltaria ao ministério com a reforma do presidente Jair Bolsonaro, que vai transformar o ministério de Desenvolvimento Regional em dois: Integração e Cidades, como era antes.
“A reforma tem que ser aprovada independente, de ter ou não ter cargos. O Progressistas é a favor dessa reforma desde que ela venha a proteger aqueles que mais precisam, os mais pobres, exigindo mais sacrifício daqueles que ganham mais”, ressaltou Ciro. No Congresso, o Progressistas é um dos partidos do Centrão, que não apoia o presidente, mas também não é oposição e tem sido o fiel da balança nas votações importantes.
Sobre o secretariado do governador Wellington Dias (PT), Nogueira fez uma ressalva: demorou muito. “Governador fez suas escolhas, desejamos que a reforma tenha sucesso e pessoas entrem para promover o desenvolvimento do nosso estado. O Governo demorou um pouco para efetuar a reforma, acho que ela deveria ter sido feita na virada do ano, mas foi decisão do governador e temos que apoiar suas escolhas”.
Ele disse também que as discussões se o ministro da Justiça, ex-juiz Sérgio Moro, vai ser indicado pelo presidente na próxima vaga a ser aberta no Supremo Tribunal Federal, são “desnecessárias”. “Esse tipo de discussão é desnecessária, porque não existe vaga para o Supremo agora. Se a idade for mantida, só teremos vaga no próximo ano”, argumentou Ciro, em referência à possibilidade de votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Bengala, que aumentaria de 75 anos para 80 anos a idade de aposentadoria compulsória no Judicário, permitindo que o decano Celso de Mello permaneça no cargo durante todo o governo Bolsonaro (pelas regras atuais ele tem que deixar o cargo no ano que vem, quando completa 75 anos). Ou seja, sem indicação do presidente para o STF, caso o Congresso assim avalie.