Por Sávia Barreto
A provável saída do presidente Jair Bolsonaro do PSL deve impactar – e muito – a legenda no Piauí. Para começar, o partido que teria necessariamente um candidato a prefeito em Teresina por conta da estratégia de Bolsonaro de ganhar espaço político no Nordeste, agora estuda compor com o grupo do prefeito Firmino Filho (PSDB). Os vereadores do PSL, Luís André, Ricardo Bandeira e a suplente Teresinha Medeiros, possuem participação na administração tucana e teriam que romper com Firmino caso permanecessem o voo solo em 2020.
Além disso, o partido não conseguiu nomes viáveis eleitoralmente nessa altura do campeonato. A advogada Rubenita Lessa, por exemplo, que é uma forte liderança de direta no estado, vai se filiar onde o presidente da República estiver. Ou seja, deixará também o PSL. O empresário Valter Lima, presidente municipal do PSL, não tem apelo popular. Indicar o vice na chapa costurada por Firmino parece ser um plano ambicioso, pois legendas maiores e com mais estrutura almejam o mesmo. Por outro lado, o PSL tem maior fundo partidário – que ainda não chegou ao Piauí por pendências da antiga gestão da sigla – e o maior tempo em rádio e televisão. A briga será boa.
Hoje, o pragmatismo reina e a visão que vem ganhando corpo no PSL é a de que é preciso atrair suplentes e lideranças para formar uma chapa proporcional competitiva e ao lado do grupo da base em Teresina isso seria menos complicado. “Em política ninguém pode dizer nunca. Iremos a Brasília na próxima semana conversar com a direção nacional. Vamos saber como vai ficar a questão do presidente e essa crise entre o PSL e o presidente, conversar sobre o futuro do partido”, argumentou o vereador Luís André.