Por Arimatéa Carvalho
O governador Wellilngton Dias conseguiu eleger 24 dos 30 deputados estaduais pelo Chapão, conjunto de partidos da base do governo. No entanto, essa hegemonia no legislativo pode aumentar ainda mais: dos 6 que foram eleitos pela oposição, quatro podem compor com o governo a partir de 2019.
O primeiro deles é o jovem Oliveira Neto, do PPS, de 23 anos e filho do prefeito de Miguel Alves, Oliveira Júnior. Em entrevista no programa Agora, da Rede Meio Norte, nessa segunda-feira, o governador citou o nome de Oliveira dizendo que ele foi eleito pela oposição mas comunga do projeto de gestão dele para o Piauí.
Oliveira tem forte ligação com o senador Ciro Nogueira.
Outro nome que pode juntar-se à base de apoio de Wellington Dias é a deputada estadual eleita Teresa Brito, do PV, eleita pela Chapinha, mesma coligação de Oliveira Neto.
Dos quatro restantes, há ainda o presidente do PTV, Evaldo Gomes, que se reelegeu. Não seria estranho ele ingressar no governo, pois foi aliado do governador Wellington Dias durante quase todo este mandato e tem boas relações pessoais com o gestor. Ele apenas voltaria ao ninho que o acolheu por muito tempo.
O companheiro de chapa eleito com Evaldo Gomes, deputado estadual Gessivaldo Isaías (PRB), estava na oposição mas nunca deixou de apoiar o governador Wellington Dias. Ele ocupava a Secretaria Estadual do Trabalho e seu partido, o PRB, migrou para a chapa do candidato Dr. Pessoa (SDD), mas ele não. Inclusive o material de campanha de Gessivaldo Isaías nem tinha foto ou número de Pessoa ou de seus candidatos ao Senado. Esse, portanto, já está na base aliada do governador.
Sobram dois nomes, esses com pouca chance de migrarem para a oposição. Pelo menos por enquanto. Trata-se do deputado estadual reeleito Marden Menezes, do PSDB, que sempre foi voz forte e crítica contra a gestão de Wellington Dias e se tornou o grande nome oposicionista na Assembleia.
Gustavo Neiva, companheiro de chapa de Marden, também não deve ir para o governo do Estado, pelos menos no curto prazo.