Por Arimatéa Carvalho
Somente na reta final. É assim que o governador Wellington Dias (PT) vai agir em relação à eleição para a presidência da Assembleia Legislativa.
Os progressistas garantem que o governador prometeu interceder na eleição da presidência da Assembleia em favor do candidato Hélio Isaías. A maior prova disso,
argumentam, é que o candidato seria o deputado Júlio Arcoverde, mas o
próprio Wellington sugeriu a troca pelo nome de Hélio, que teria menos
resistência dentro da Casa.
Já o deputado João Mádison (MDB) afirma que Wellington assegurou ao presidente do partido, senador eleito Marcelo Castro, que irá ficar neutro. Essa neutralidade beneficia a
reeleição de Themístocles Filho para o cargo. Equivale a um apoio.
Mas nenhum dos 30 deputados têm dúvida: Wellington vai, sim, meter a colher nesse angu. Até porque ele precisa ter a Assembleia como uma aliada forte nos próximos quatro anos, sobretudo porque terá um Governo Federal hostil.
Nesse cenário, ter uma Alepi inconfiável é o pior dos mundos para Wellington. A aposta é que ele só vai interferir para valer no processo já na reta final, depois do dia 20 de janeiro, a poucos dias da eleição. Se a favor do candidato do senador Ciro Nogueira ou a favor de Themístocles, nisso reside o X da questão.