A Geração Z tem se mostrado cada vez mais cautelosa em relação às redes sociais. Enquanto a geração anterior (Geração Y/Millennials) valorizava a superexposição, hoje essa abordagem perdeu força entre os jovens, que estão adotando um comportamento mais reservado. Essa mudança de atitude contribuiu para o surgimento da tendência do “feed zero”, na qual muitos optam por compartilhar menos e priorizar a qualidade em vez da quantidade.
Essa tendência reflete uma mudança interessante na forma como a Geração Z se relaciona com as redes sociais, especialmente no Instagram. Em vez de manter um feed repleto de fotos cuidadosamente selecionadas e momentos especiais, essa geração, formada por jovens nascidos entre 1995 e 2010, prefere capturar e compartilhar suas experiências de maneira mais efêmera. Eles optam pelos Stories, que têm a vantagem de desaparecerem após 24 horas, permitindo uma comunicação mais espontânea e autêntica. Essa abordagem não apenas reduz a pressão de manter uma estética perfeita, mas também promove uma conexão mais genuína com amigos e seguidores.
Essa resistência pode ser atribuída a fatores como a vergonha ou a falta de motivação para criar postagens mais elaboradas. Muitos jovens sentem a pressão de atender a padrões de qualidade que, muitas vezes, não se sentem capazes de alcançar. Essa tendência se destaca ainda mais quando contrastada com o crescimento das funcionalidades nas plataformas digitais. O Instagram, por exemplo, recentemente expandiu a capacidade de fotos em carrosséis, permitindo que os usuários compartilhem ainda mais conteúdo visual.
Independentemente das razões que impulsionam os defensores do "feed zero", muitos usuários estão removendo todas as fotos e vídeos de seus perfis no Instagram. Outros optam por arquivar suas publicações, preservando a opção de acessá-las no futuro. Como consequência dessa mudança de comportamento, o Instagram tem redirecionado recursos de outras áreas da plataforma para focar em mensagens diretas e Stories, adaptando-se a nova tendência.