Músico é preso após arrecadar US$ 10 milhões com músicas geradas por IA

Michael Smith foi preso depois de ganhar milhões com músicas falsas e ouvintes automatizados no streaming.

Um músico de 52 anos, conhecido por Michael Smith, foi preso nos Estados Unidos por fraude após utilizar inteligência artificial para criar milhares de músicas falsas sob nomes de bandas fictícias. Ele disponibilizava as canções em plataformas de streaming e empregava ouvintes automatizados para gerar reproduções em grande escala. Com esse esquema, Smith conseguiu arrecadar cerca de US$ 10 milhões.

O músico criava milhares de contas falsas em plataformas de streaming, utilizando endereços de e-mail adquiridos online. Aproximadamente 10 mil contas foram criadas, e algumas delas foram terceirizadas a cúmplices contratados. Logo após, Smith criou um software para transmitir os singles em loops de diferentes computadores, dando a aparência de ouvintes individuais sintonizando de lugares diferentes. 

Os supostos artistas tinham nomes como "Callous Post", "Calorie Screams" e "Calvinistic Dust", e suas músicas, com títulos como "Zygotic Washstands", "Zymotechnical" e "Zygophyllum", chegaram a figurar nas paradas de sucesso da Amazon Music, Apple Music e Spotify, segundo informações dos promotores que investigam o caso nos Estados Unidos.

Michael Smith foi preso no íncio do mês de setembro e agora enfrenta sérias acusações de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. Caso seja condenado, ele pode enfrentar uma pena de até 20 anos de prisão. A prisão de Smith é vista como um marco significativo na investigação criminal sobre a manipulação de serviços de streaming musical. As autoridades estadunidenses estão usando o caso como um exemplo para reforçar a necessidade de regulamentações mais rigorosas e de sistemas de monitoramento mais eficazes para evitar as práticas fraudulentas no futuro.

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