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Guerra Civil está longe de ser um filme de ação, apesar do nome guerra

Embora intitulado 'Guerra Civil', o filme se assemelha mais a uma jornada épica em um mundo pós-apocalíptico do que a um típico conflito militar

Guerra Civil', do diretor Alex Garland, mostra os horrores da guerra sob as lentes de fotojornalistas — Foto: DivulgaçãoApesar do nome ser “Guerra Civil”, o filme está longe de ser um audiovisual de ação convencional que estamos acostumados a assistir, mas sim um clássico Road Movie. O longa dirigido por Alex Garland e estrelado por Kirsten Dunst e Wagner Moura já teve a melhor estreia da produtora A24 registrada nos Estados Unidos, liderando a arrecadação do primeiro fim de semana em cartaz com U$ 25,7 milhões.

Mas afinal, sobre o que de fato é o filme? Em uma mistura de road movie com distopia de guerra, o filme conecta o espectador com quatro membros da imprensa norte-americana que estão cobrindo uma guerra civil nos EUA.

Wagner Moura é um jornalista da Reuters e, acompanhado dos colegas, planeja chegar a Washington D.C. para tentar uma entrevista com o presidente do país antes que a oposição chegasse e o derrubasse do poder.Se ele consegue ou não a tal entrevista, eu deixo que você mesmo descubra quando for assistir o filme.

Ao longo da trama, os personagens principais precisam tentar se manter inertes ao que os envolve: caos, morte e violência exacerbada de todos os lados. A escolha de não entregar apenas um thriller distópico cheio de justificativas e abrir espaço para a reflexão faz com que Guerra Civil não seja sobre lados da história, mas sobre a indefensibilidade da morte e da injustiça - afinal, há alguma razão ou guerra de narrativa que possa compensar vidas inocentes?

Como jornalista, preciso alertar que, se você faz parte da categoria, sem sombra de dúvidas, terá gatilhos, principalmente quando o filme foca que a imprensa deve ser a primeira em tudo, nem que para chegar antes de todos, você arrisque sua vida.

Por fim, com direção clara e sem firulas, Guerra Civil surpreende ao fazer o básico bem feito, sem se apoiar em discursos moralizantes. A relevância do tópico e as atuações convincentes do quarteto principal - em destaque para Wagner Moura, que tem facilidade em equilibrar alívio cômico com momentos com carga emocional - fazem com que o longa seja um dos candidatos à próxima temporada de premiações.

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