Pesquisa "Expectativa de Emprego no Brasil" do ManpowerGroup, consultoria de soluções de gestão e contratação de pessoas, divulgada nesta terça-feira (11), mostrou que a expectativa de contratação no Brasil continua em alta mesmo apresentando o menor índice (13%) desde o 4º trimestre de 2009, quando a avaliação teve início no país.
O levantamento avalia a perspectiva de contratação das empresas brasileiras para os meses de abril, maio e junho de 2014. Enquanto 24% esperam aumentar as folhas de pagamento, 6% anteciparam uma queda em seus quadros e 68% acreditam que vão manter suas equipes intactas.
"Neste momento, as intenções de contratação no Brasil são mais fracas do que em 2011 e 2012, mas os empregadores continuam demonstrando otimismo. O índice de 13% indica que o ritmo deverá se manter estável, com quase um em cada quatro empregadores pesquisados planejando aumentar suas equipes nos próximos três meses", afirma Riccardo Barberis, CEO do ManpowerGroup Brasil.
O Brasil é o 15º no ranking das 20 maiores expectativas de emprego do mundo. A Índia lidera com 41% e a Romênia ficou no 20º lugar, com 12%.
O aumento de trabalhadores está previsto em todos os oito setores da indústria e nas cinco regiões analisadas. Porém, seis setores e quatro regiões relataram intenções mais fracas em comparação com o trimestre passado.
"Embora seja verdade que a previsão para o segundo trimestre no Brasil é a menos otimista desde o início do estudo, as perspectivas em todos os setores e regiões permanecem positivas, indicando um nível de oportunidades para quem procura emprego, ainda mais em áreas e posições atualmente em destaque no mercado nacional como finanças, representante de vendas, comércio, varejo e também para temporários, que terão uma oferta considerável devido à Copa do Mundo", acrescenta Barberis.
Por setor
Pelo segundo trimestre consecutivo, as mais fortes intenções de contratação são reportadas no setor de serviços, com uma expectativa líquida de emprego de 24%. Os setores de finanças/seguro e imobiliário, transportes e serviços públicos e comércio também estão otimistas, com perspectiva de 16%.
Os menos otimistas em contratações foram os empregadores de dois setores, com perspectiva de 3% de novas vagas: construção e agricultura, pesca e mineração. São os mais fracos índices de intenção de contratação desde que a pesquisa começou no 4º trimestre de 2009.
Por região
Empregadores brasileiros anteciparam um ritmo de contratação positivo nas cinco regiões. As mais fortes perspectivas estão no Rio de Janeiro, com taxa de 18%. Em outras regiões, como São Paulo e Paraná, o otimismo é de 15% e 12%, respectivamente. A região com plano de contratação mais baixo é a da cidade de São Paulo, onde o índice está em 8%.
"Mesmo com baixa taxa de desemprego e baixo crescimento do PIB nos últimos três anos, a confiança entre os empregadores brasileiros permanece positiva e eles esperam manter o ritmo de contratação constante, já que o Brasil passa por um momento em que a escassez de talentos é alta e os empregadores continuam na busca por profissionais com habilidades especiais", conclui Barberis.
No mundo
Empregadores de 38 de 42 países e regiões esperam aumentar suas folhas de pagamento nos próximos três meses. Essa é a maior proporção positiva para contratações desde 2008.
Na Europa, a Turquia tem a maior expectativa de contratação, enquanto a Itália tem a mais fraca. As oportunidades para quem procura emprego na Irlanda e Espanha estão positivas pela primeira vez desde 2008.
O número de trabalhadores na Ásia deverá crescer em todos os oito países e territórios da Ásia-Pacífico durante os próximos três meses. A atividade de contratação mais forte é esperada na Índia e a mais fraca na Austrália.
Empregadores em todos os 10 países da América esperam aumentar suas folhas de pagamento durante o próximo trimestre. A Costa Rica tem as perspectivas de contratação mais otimistas, enquanto os menos otimistas estão na Argentina, pelo terceiro trimestre consecutivo.