Levantamento realizado pela empresa 4hunter Consultoria com 508 profissionais de várias áreas em todo o país mostra que 55% dos entrevistados não estão satisfeitos com seu trabalho atual.
Entre as razões que levam à desmotivação, a remuneração (salários e benefícios) ficou em primeiro lugar, com 29,6%. Em segundo vem clima organizacional (25,6%) e, em terceiro lugar, a falta de reconhecimento profissional (20,6%).
Já entre os pontos que mais motivam o profissional no atual emprego estão: satisfação pessoal ou paixão pelo que faz (37,5%), remuneração (19,5%) e reconhecimento profissional (13,4%).
Mesmo não satisfeitos com o empregador atual, 61,6% dos entrevistados disseram que estão felizes com a sua carreira, ou seja, acreditam que ela está de acordo com o que foi planejado.
A pesquisa mostra também que a faixa etária acima dos 50 anos é a mais insatisfeita com o emprego atual. De acordo com o levantamento, 59,6% dos profissionais dessa idade não estão satisfeitos com seu empregador do momento. Os fatores que mais desmotivam esses profissionais são o clima organizacional da empresa (37,%) e a remuneração (20%).
Para o consultor de carreira e diretor executivo da 4hunter, Carlos Felicissimo Ferreira, o resultado pode ser interpretado de várias maneiras. ?Uma delas é que, se a relação atual de emprego desse profissional estiver presa somente no fato de ele gostar do que faz, ou seja, se não houver um laço mais forte que o segure na empresa, essa relação pode deixar o executivo disposto a olhar uma nova oportunidade de mercado?, afirma.
Segundo Ferreira, para segurar bons profissionais é importante que a empresa tenha uma visão apurada de sua estrutura organizacional e de quem são seus colaboradores. Dessa forma, a aplicação da meritocracia pode ser mais efetiva, gerando uma política mais eficiente de retenção de talentos.
Faixa etária
Os fatores que motivam ou desmotivam os profissionais mudam conforme a faixa etária. Para os jovens entre 21 e 28 anos, o que mais interessa é uma boa remuneração (26,8%), seguido de satisfação pessoal (20,7%) e reconhecimento profissional (19,5%).
Já na faixa etária entre 29 e 35 anos, em primeiro lugar está fazer o que se gosta (35,5%). Em seguida estão: remuneração (20,6%) e bom nível de relacionamento com o gestor (16,1%).
Já para profissionais mais velhos, a satisfação pessoal tem um valor maior. Entre 43 e 49 anos, 57,1% dos entrevistados apontam esse fator como o mais importante de todos. Reconhecimento profissional, remuneração e clima organizacional aparecem em seguida, com 10,7% cada.
Mas, quem mais valoriza a paixão pelo trabalho são os profissionais com mais de 50 anos. Nessa faixa etária, 63,4% dos pesquisados escolheram essa razão. Em menor escala vêm empatados remuneração, reconhecimento profissional e clima organizacional (9,8% cada).