Veja dicas como se preparar para o concurso do Banco Central do Brasil

Ministério do Planejamento autorizou 515 vagas de níveis médio e superior

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Quem deseja iniciar uma carreira no Banco Central do Brasil deve começar já a estudar para o próximo concurso. Após uma longa espera saiu, finalmente, a autorização para o concurso (Portaria 81 do Ministério do Planejamento). Serão 515 vagas no total: 100 para técnico (nível médio), 400 para o cargo de analista (nível superior), e 15 de procurador (bacharelado em direito e inscrição na OAB).

O quantitativo de vagas autorizado foi muito menor do que o solicitado, mas vale lembrar que, de acordo com o Decreto 6.944/09, o Ministério do Planejamento poderá autorizar a convocação de 50% a mais de aprovados, em relação ao número inicial de vagas oferecido no edital.

O prazo para a publicação do edital é de seis meses a partir da portaria, mas deve sair bem antes disso, já que a instituição tem urgência na realização do concurso e o edital deve estar bem adiantado.

O último concurso foi organizado pela Fundação Cesgranrio e aconteceu em 2009 para os três cargos. Assim, a melhor referência de estudo é mesmo o edital anterior. Sempre podem acontecer alterações no conteúdo programático cobrado, mas é melhor fazer ajustes após a publicação do edital ? que são naturais nesse tipo de preparação ? do que ficar parado. O tempo entre o edital e a prova pode não ser suficiente para assimilar a quantidade de conhecimentos cobrada, além de o candidato ficar muito atrás da concorrência.

Técnico

Os cargos de nível médio costumam estar distribuídos em duas áreas de atuação: a área 1 compreende atividades de apoio e suporte, com características mais administrativas; já a área 2 é voltada para atividades de segurança.

As disciplinas cobradas como conhecimentos gerais para os dois cargos no concurso anterior são compatíveis com o que costuma ser cobrado em concursos de nível médio administrativo: português, direito constitucional, direito administrativo, atualidades, raciocínio lógico.

Os conhecimentos específicos para o cargo da área 1 foram:

contabilidade, gestão de pessoas e gestão de recursos materiais. Exceto a contabilidade, as outras duas disciplinas também são comumente cobradas em outros concursos administrativos.

Para a área 2, como seria de esperar, os conhecimentos específicos são teoria e normas de segurança e legislação relacionada à atividade, tal como a lei 10.826/03 (estatuto do desarmamento).

O salário é atraente - R$ 4.917,28 ?e quem já vinha estudando para concursos de nível médio, mesmo para a área de tribunais, pode aprofundar o estudo das disciplinas comuns aos dois focos e aguardar o edital para tomar a decisão de investir ou não no Bacen. Dessa forma, não haverá perda, já que o conhecimento adquirido será útil para futuras oportunidades.

O concurso de 2009 não cobrou prova discursiva para técnico, mas não é improvável que o próximo edital inclua algo no gênero, já que tem sido uma tendência atual, mesmo para cargos de nível médio.

Analista

Os conhecimentos específicos para os cargos de analistas incluíram as disciplinas: português, direito constitucional, direito administrativo, raciocínio lógico, inglês, sistema financeiro nacional e economia.

O edital passado aceitou graduação de nível superior em qualquer área de formação - nesse caso, quem tem diploma de tecnólogo preenche o requisito -, mas os conhecimentos específicos cobrados para cada área de atividade no Banco Central são bastante próprios.

O fato de ainda não estar definido o número de vagas para cada área dificulta a tomada de decisão em relação ao investimento no concurso. Mas o salário de R$ 12.960,77 é uma motivação a mais.

Assim, sugerimos que o candidato busque, no conteúdo cobrado nas áreas oferecidas no concurso passado, as disciplinas com as quais tenha mais afinidade e sirvam para mais de uma área. Isso porque não é possível prever quantas vagas serão disponibilizadas para cada área, e é melhor manter um foco mais aberto até a definição que só virá com a publicação do edital.

O conhecimento acumulado que o candidato porventura possua também deve ser levado em conta na definição da estratégia até o edital. O mais importante é não deixar de estudar desde já, mas também não gastar tempo com matérias muito específicas sem saber se o conteúdo das mesmas será aproveitado. É preferível o candidato estudar muito bem as básicas e as que terão maior probabilidade de serem úteis a partir do edital.

Vale também uma olhada no que foi aceito como título para cada área no concurso anterior, já que isso pode ser um indicador de afinidade daquelas carreiras com as atribuições que o futuro servidor irá desempenhar.

Notadamente, a área 1 é mais voltada para quem tem bons conhecimentos em tecnologia da informação; a área 2 cobrou operações bancárias, contabilidade de instituições financeiras, estatística, econometria, finanças, macro e microeconomia; a área 3 repete operações bancárias, contabilidade de instituições financeiras, estatística e finanças e acrescenta supervisão de instituições financeiras, auditoria governamental, direito administrativo, empresarial e penal; a área 4 cobra organizações, estratégia e planejamento, modelagem de processos de negócio, comunicação e estatística; a área 5 também cobra organizações e inclui matemática financeira, contabilidade, auditoria, operações logísticas e de infraestrutura; as disciplinas cobradas na área 6 foram organizações, administração financeira e orçamentária, direito civil, processo civil, direito empresarial e legislação específica.

Observa-se que algumas disciplinas se repetem em mais de uma área.

Mesmo antes do edital podemos afirmar que o concurso terá duas etapas, sendo a segunda o programa de capacitação. É o que determina a lei 9.650/98, que rege o plano de carreira dos servidores do Bacen.

Além disso, será obrigatória a prova de títulos para os cargos de nível superior ? lembrando que quem não tiver títulos a apresentar (doutorado, mestrado ou especialização, conforme dispuser o edital) apenas não receberá pontuação adicional, já que essa prova é somente classificatória.

Procurador

O concurso anterior para procurador, também em 2009, foi organizado pelo Cespe/UnB. Com características essencialmente jurídicas, o concurso contou com prova objetiva, discursiva e oral, além da avaliação de títulos.

Todo o conteúdo cobrado foi relacionado ao direito: constitucional, administrativo, econômico, financeiro e tributário, civil, processual civil, empresarial, internacional público e privado, penal, processual penal, trabalho e processual do trabalho, previdenciário. O salário é de R$ 14.970,60.

É concurso para quem tem condições de estar realmente muito bem preparado.

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