Em época de pandemia, a ordem é manter o distanciamento social e usar máscara e álcool em gel para higienizar as mãos afim de evitar a propagação do novo coronavírus. Passado um ano das regras adotadas em todo o mundo, é natural sentir falta de um gesto que até então era considerado natural em qualquer lugar: o abraço.
Mas o abraço já foi liberado em um país e os moradores estão comemorando.
Isso está acontecendo na Inglaterra que vacina sua população desde o começo de dezembro do ano passado.
No dia 8 de dezembro de 2020, o Reino Unido se tornou o primeiro país do Ocidente a vacinar a população contra o novo coronavírus com o imunizante da Pfizer e da alemã BioNTech – vacina que a Pfizer também ofereceu na época ao governo brasileiro, mas segundo Carlos Murillo, gerente-geral da farmacêutica Pfizer na América Latina, o governo de Jair Bolsonaro rejeitou três ofertas de 70 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech. Ele afirmou à CPI da Covid no Senado que as primeiras doses poderiam ter sido entregues em dezembro de 2020 ao Brasil, que só começou a vacinar no final de janeiro e com outra vacina, a Coronavac.
Mas na Inglaterra, que apostou na vacina, investiu e recebeu as doses, hoje comemora dias melhores que os nossos. O primeiro-ministro Boris Johnson disse: “Abracem seus entes queridos, mas só se considerarem que é possível e que os riscos são muito, muito baixos. Tenham bom senso”, pediu aos cidadãos vacinados.
O anuncio – acompanhado de outra notícia boa: a reabertura da economia – foi feito após o país registrar morte zero por Covid no último domingo, a primeira vez desde julho de 2020.
Em todo o Reino Unido, incluindo Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, o número total foi de quatro mortos. Mas 56 milhões dos 66 milhões de habitantes do país vivem na Inglaterra.