As autoridades alemãs estão criando centros de vacinação em diferentes regiões do país. O objetivo é deixar tudo pronto caso a vacina criada pela Pfizer e a empresa alemã BioNTech seja aprovada pelas autoridades sanitárias em dezembro. Casos de coronavírus no mundo passam de 60 milhões, diz levantamento. Informações do G1.
Em Berlim, o hospital montado às pressas para receber os pacientes contaminados em março e abril está fechado e é um dos locais que deve ser utilizado para imunizar a população. Albrecht Broemme, especialista em missões humanitárias no exterior, deve preparar a vacinação de 450 mil habitantes da capital até a metade de dezembro.
O objetivo, diz, é realizar 20 mil injeções por dia. "A ideia é que cada pessoa fique cerca de 1h15 no local", declara. Segundo ele, serão necessárias duas doses. A campanha, disse, deve durar dois meses e apenas idosos e pessoas que pertencem ao grupo de risco, como diabéticos, obesos e hipertensos, serão imunizados.
Em seguida, as vacinas serão feitas pelos médicos em seus consultórios. Antes disso, o governo precisará organizar a logística em torno da conservação da vacina da Pfizer/BioNTech, que deve ser guardada a - 75 ºC, o que exige congeladores especiais.
Os centros de vacinação devem ficar abertos sete dias por semana, das 9h às 19h. O governo pretende convocar enfermeiros aposentados, estudantes de Medicina, recepcionistas e agentes de segurança para auxiliar na campanha. Mais de 300 pessoas já propuseram seus serviços espontaneamente.
Restrições podem continuar até março
Segundo o ministro da Economia, Peter Altmaier, as restrições para conter a propagação do vírus no país, que ganhou força nas últimas semanas, podem continuar até a Primavera. As medidas incluem o fechamento de bares e restaurantes e a limitação de participantes em reuniões privadas
"Temos três ou quatro longos meses de inverno pela frente. Tudo dependerá da chegada das vacinas, mas é possível que as restrições sejam prolongadas durante os primeiros meses de 2021", disse o ministro ao jornal Die Welt.
A Alemanha, considerada durante a primeira onda um exemplo de gestão, foi atingida com força pela segunda e registra mais de 15.500 mortes pela Covid-19, além de um milhão de casos confirmados. O estado-região da Renânia do Norte Westfalia, o mais populoso do país, é o mais afetado, com mais de 250.000 casos, à frente da Baviera, com quase 198.000 infectados, e de Bade-Wurtemberg (quase 143.000). Em Berlim foram registrados cerca de 62.000 casos desde o início da pandemia de Covid-19.
"Ainda temos que fazer esforços (...) o número diário de infecções ainda é muito alto", disse a chanceler Angela Merkel após sete horas de discussões com os líderes dos 16 estados regionais da Alemanha. Por enquanto, bares, restaurantes, centros culturais e esportivos terão que permanecer fechados por mais um mês.