A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ) aprovou na manhã desta terça-feira (20) o uso emergencial de um coquetel de dois medicamentos - casirivimabe e imdevimabe (Regn-CoV2) - contra a Covid-19. O estudo apresentado mostra que a junção dos dois medicamentos reduziu em 70,4% o tempo de internação dos pacientes e de mortes em pacientes ambulatoriais sintomáticos
A medicação é indicada especialmente para pacientes:
- adultos e pediátricos (com 12 anos ou mais que pesem no mínimo 40 kg)
- que não necessitam de suplementação de oxigênio;
- que estejam em idade avançada,
- que sejam obesos;
- tenham outras comorbidades, como doença cardiovascular, hipertensão, doença pulmonar crônica, aids, diabetes, doenças respiratórias, doença renal crônica e doença hepática;
- apresentem alto risco de desenvolver progressão para um quadro grave da Covid-19.
O Regn-CoV2 não é recomendado para pacientes graves nem para prevenção da Covid-19;
As drogas casirivimabe e imdevimabe são chamados de 'anticorpos monoclonais' e costumam ser utilizados para tratar câncer e doenças autoimunes.
Os medicamentos casirivimabe e imdevimabe foram liberados para uso somente em ambientes hospitalares (via endovenosa), em pacientes pediátricos, acima de 12 anos, e adultos, com no mínimo 40 kg, que não necessitem de suporte ventilatório e que tenham alto risco de desenvolver forma grave da doença.
De acordo com o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anivsa, Gustavo Mendes, o Reng-CoV2 apresentou uma redução substancial no número de pacientes hospitalizados e de mortes no caso de infectados sintomáticos e com comorbidade. A combinação de drogas também apresentou uma diminuição da carga viral significativa dos doentes.
O coquetel, formado por casirivimabe e imdevimabe, também se mostrou eficaz nos estudos laboratoriais contra a variante amazônica. Agora, espera os resultados dos estudos clínicos, mas as respostas iniciais são positivas.
O Reng-CoV2 é o segundo medicamento aprovado pela Anvisa para o tratamento da covid-19. O primeiro foi o remdesivir, em 12 de março deste ano.